Um médico veterinário da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) participa de um projeto de monitoramento de onças-pintadas na divisa entre o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul. Em junho, Joares May e uma equipe de pesquisadores brasileiros e americanos da ONG Panthera capturaram três animais. Nesta semana, ele retornou à Santa Catarina, de onde fará o acompanhamento das onças.
De acordo com o professor, especialista na área de epidemiologia de animais selvagens, um GPS é instalado em cada animal. Além disso, são coletadas amostras biológicas, de sangue, urina e outros, e ele retorna ao habitat natural. O acompanhamento ocorre 24 horas por dia, durante todo o ano, através das informações enviadas ao computador. Na Unisul, os alunos de algumas disciplinas do curso de medicina veterinária e biologia acompanham o trabalho. “Aplico o conhecimento e discuto os resultados. Além disso, tenho convênios com outras universidades brasileiras para fazer a análise das amostras coletadas. Com o resultado, conseguimos observar o comportamento dos animais e como ocorre seu deslocamento. Como a região é de turismo e também de fazendas, as pesquisas apontam alternativas para melhorar a relação entre os animais selvagens e a população”, afirmou o professor.
Segundo o pesquisador, a captura foi na fazenda São Bento, no município de Corumbá, divisa entre o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O objetivo do projeto de monitoramento é contribuir com a conservação desta espécie de felinos. “Os três animais capturados são machos. O Holyfield com 105 quilos, o Trapézio com 106 e o Zumbi 76. As onças foram equipadas com rádio colar para que possam ser monitoradas”, explicou.
Além disso, a experiência no Pantanal também contribui nas atividades em todas as regiões, inclusive de Santa Catarina. “Conhecer a vida selvagem, a ecologia, é importante para monitorar a saúde do ambiente”, disse.
Além do professor da Unisul, dois biólogos brasileiros e duas pesquisadoras americanas acompanharam o projeto.
Fonte: G1