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Veterinárias acusam homem de matar cadela

6 de agosto de 2009
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Uma cena repugnante de violência contra um animal indefeso, assim descreveu a médica veterinária Alessandra Castro o que viu ontem de manhã na esquina das ruas Pandiá Calógeras e Salvador Correa, no Jardim Vergueiro. O pedreiro Silvio Cezar de Pontes, 34 anos, é acusado de chutar várias vezes uma cadela e depois jogá-la contra a guia da rua, batendo sua cabeça. O animal morreu. Silvio foi levado à delegacia do plantão sul e negou a violência.

O pedreiro deverá responder por crueldade contra animais, crime previsto no Artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais. De acordo com Alessandra, outra veterinária, Camila, e mais uma mulher também testemunharam a agressão contra a cadela. Ela contou que estava num centro de diagnóstico veterinário, na rua Pandiá Calógeras, e escutou ganidos. Pensou que fosse alguém trazendo algum animal doente.

Segundo Alessandra, ela e Camila sairam à rua e viram Silvio chutando a cadela, que corria dele. A veterinária pediu para ele parar com aquilo. A cadela então atravessou a rua Salvador Correa, foi atropelada por um carro e ficou caída no asfalto. O pedreiro pegou o animal e o jogou contra a guia. Pensei que depois do atropelamento ele tivesse se arrependido, disse Alessandra.

A cabeça da cadela, que não tem raça definida, abriu-se. A veterinária acredita que o impacto maior não se deu no atropelamento, mas quando bateu a cabeça na guia. Mais pessoas apareceram e algumas quiseram bater em Silvio, descreve a veterinária. A Polícia Militar foi chamada e o levou à delegacia.

A veterinária e o pedreiro foram ouvidos pelo delegado Gilberto Salles Souza Júnior. Silvio disse que trabalha na reforma de uma casa na rua Capitão Nascimento Filho e o dono, que é seu parente, mantinha dois cachorros, que fugiram. Silvio contou que foi atrás deles, senão poderiam atacar alguém na rua. Afirmou que seguiu a cadela, que foi atropelada, mas negou que tenha dado chutes ou batido a cabeça dela na guia.

Na delegacia, Alessandra pediu o corpo da cadela para fazer exames, a fim de comprovar a causa da morte e o relatório depois ser enviado à polícia. O corpo porém foi entregue a José Weishaupt, que mostrou fotos da cadela ainda filhote para confirmar que era o tutor.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

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