Animais abandonados em Bauru são um problema comum de encontrar em qualquer esquina. Enquanto o poder público afirma que bichos soltos na rua e sem tutor são responsabilidade e posse do munícipe, protetores reclamam da falta de apoio e estrutura, além de olharem desconfiados para a famigerada carrocinha.
De toda forma, aqueles que se preocupam com o bem-estar dos animais, mesmo que não sejam seus, ficam com dúvidas quando, por exemplo, um cachorro perdido aparece pela frente.
No CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Bauru, a questão é única. Se você perceber que o animal realmente não tem tutor, chame o centro. “É bom antes verificar se ele realmente não tem tutor”, reitera o agente de saneamento Dorival Tessari. Na sequência, o certo é tentar conter o animal com segurança e sem machucá-lo. Dorival aconselha usar algum petisco como isca para atrair o bicho e levá-lo a um lugar onde possa ficar até a equipe do CCZ chegar. “Sempre que o animal está abandonado, nós trazemos para cá”, afirma Cláudia Bomieri, veterinária do CCZ.
A protetora Leandra Marquezin – que ficou bastante conhecida depois de ter resgatado a cadela Vida, símbolo na luta contra os maus-tratos na cidade – pede cautela. “Normalmente, o animal está assustado, perdido e com fome. Não pode chegar ‘chegando’. Tem de ir com jeitinho para que o bichinho não saia correndo [risco de ser atropelado] e também para que não morda ou arranhe”, avisa. Leandra também sugere o uso de comida e de uma coleira de contenção, no caso de cachorros, como ferramentas do resgate.
Com o animal contido, você pode alimentá-lo e hidratá-lo. Muitos deles estão há dias na rua, sem nenhuma atenção. Feito isso, se a sua opção for a de não ligar para o CCZ, parta a para a divulgação. “Tem de divulgar em todos os lugares possíveis: jornais, sites, Facebook…”, sugere a veterinária Ana Lúcia Geraldi, que costuma abrigar os perdidos em sua clínica. “Muitos cães também são abandonados de propósito, então a pessoa que resgatou tem de se comprometer a cuidar do animal até achar um lar adotivo ou ficar com ele”, diz.
“Não temos abrigos em Bauru e sim pessoas de bom coração e que estão atolados. O CCZ deveria ficar com esses cães, mas eles resgatam muitos animais doentes e misturar fica difícil”, analisa.
“Todo animal que resgato levo direto para minha casa. Monto uma caminha pra ele, boto água, comida. Se vejo que está dodói, passo antes no veterinário pra dar uma geral. Em seguida, anuncio em rádio, jornal, internet, faço cartazes. Tudo pra ver se acho o tutor dele. Caso ninguém apareça, mando castrar [se ainda não for], vacinar e o coloco pra adoção”, ensina a jornalista Eliane Calixto, que abriga animais. Às vezes, o tutor do animal aparece. “Particularmente, quando resgato, acho o tutor em apenas 30% dos casos”, lamenta Ana Lúcia.
Carrocinha – Muita gente evita comunicar o CCZ por medo de o órgão realizar uma eutanásia no animal. O agente de saneamento Dorival Tessari diz que esse medo é infundado. “Apenas aqueles que são diagnosticados com leishmaniose é que passam por esse procedimento, como manda a lei”, avisa. “Os animais passam por exames clínicos aqui e, às vezes, a aparência deles não é capaz de revelar a doença”, conta o agente, que já teve duas cadelas que foram diagnosticadas com a doença e precisaram ser sacrificadas.
A veterinária Cláudia Bomieri conta que, chegando lá, os animais recebem atendimento médico, são vacinados, vermifugados e passam pelo controle de outros parasitas, como pulgas e carrapatos. A maioria é também castrada.
Claudia diz também que, apesar da superlotação, o resgate de animais abandonos nunca deixa de ser realizado.
Onde divulgar
Cantinho do pet
Coluna do BOM DIA publicada aos sábados (veja ao lado)
[email protected]
Ritmo da Manhã
Programa da 94FM de segunda a sábado, das 8h às 12h, com Manzano e Lidiane Oliveira.
www.94fm.com.br/pet
Mania de Cão
Site especializado
www.maniadecao.com.br
Redes sociais
Divulgue foto e características do bichinho em seu perfil no Facebook, Twitter, Orkut…
Fora da internet
Faça cartazes com a foto do animal, características, telefone para contato e espalhe pelos estabelecimentos comerciais, pontos de táxi e outros locais de visibilidade de sua região.
Controle de Zoonoses
Onde: rua Henrique Hunzicker, 1000, Jardim Bom Samaritano
Horário: segunda a sexta, das 8h às 17h
Informações: (14) 3103-8050
Cantinho do pet
Thor
Filhotes da raça pit bull nas cores branco e caramelo, de quatro meses que aparece na foto acima ao lado do irmão, desapareceu na terça-feira, em frente ao hospital Manoel de Abreu. Qualquer pista, favor informar a Danielle: [email protected] ou (14) 8801-1674.
Ingrid
Poodle média, com pelagem branca, desapareceu com um laço nas orelhas e é castrada. Qualquer pista informar ao telefone (14) 9792-1539. Gratifica-se.
Sabrina
Cadela da raça pit bull, de cor caramelo, foi vista pela última vez na rua Antônio de Campos Fraga Neto, no Parque Val de Palmas. Ela
está em tratamento médico. Qualquer pista informar:
(14) 9630-3501 ou [email protected].
Fofinho
Cachorro da raça poodle macho, idoso, com pelagem branca, está longe de casa. Ele está sumido desde o dia 31 de janeiro. Desapareceu na região da rua Célio Daibem, Altos da Cidade. Qualquer pista, informar ao telefone (14) 3234-6341 .
Doações
Gatinhos
Três filhotes de gato, sem raça definida. Os protetores prometem entregar os gatinhos vacinados, vermifugados e se comprometem com a castração, assim que os bichanos tiverem idade pra isso. Interessados podem se candidatar pelos telefones (14) 9142-3519 e 9711-7185.
Gatos para adoção
Uma fêmea e dois machos que foram abandonados na rodovia estão sendo cuidados provisoriamente por uma protetora que mora em apartamento e não pode ficar com eles. Quem tiver interesse em adotá-los pode ligar para (14) 8816-6872 ou 3281 -6857, falar com Tânia.
Fonte: Diário de S.Paulo