A Dra. Clara Blake só queria chegar em casa. A veterinária da região de Boston (EUA) estava resolvendo tarefas na sua cidade natal no início deste mês, quando o tráfego parou. “Não foi tão ruim, mas um pouco mais do que o esperado para um sábado”, ela disse. Clara olhou pela janela para ver qual era o problema, e avistou um cachorrinho branco largado no meio da estrada, imóvel. Ela sabia o que tinha de fazer.
Clara saltou de seu carro e correu para o cão, perguntando o que havia acontecido. Seus temores foram confirmados: o pequeno terrier Jack Russell tinha sido atropelado por um carro depois de saltar de braços de seu tutor. Ele não tinha pulso, não estava respirando sozinho e tinha cortes na parte superior da cabeça. “Eu só instruí as pessoas a ligar para as clínicas locais para ver se eles poderiam lidar com uma emergência”, lembra ela. “Eu sabia que ele necessitava de atenção imediata.”
Como o tutor do cachorro correu para casa para pedir ajuda, a veterinária começou a fazer os procedimentos de primeiros socorros. “Eu fiz algumas compressões torácicas e algumas respirações boca-a-boca, chequei o pulso e não senti nada, então eu continuei”, diz ela. Após outra tentativa, Clara sentiu uma pulsação muito fraca, seguido por outra. “O pulso estava realmente ficando mais forte e mais forte, então ele finalmente respirou por conta própria”, explica.
Mas o cão, que é adotado e se chama Murphy, não havia escapado ainda: quase recuperando a consciência, ele apresentava movimentos anormais nos olhos, indicando traumatismo craniano. Após consulta com o tutor de Murphy (que quis manter o anonimato), Clara decidiu levar o cão à clínica na Sociedade de Massachusetts para a Prevenção da Crueldade contra os Animais (MSPCA), onde é residente de cirurgia, pois sabia que o pessoal lá estaria pronto para recebê-lo.
“Esse é o fim da minha história”, diz ela, humildemente. “A equipe o tratou no fim de semana e ele voltou para casa na terça-feira.” Murphy está descansando confortavelmente em casa e se tornou uma celebridade local, aparecendo em programas de notícias de Boston e na imprensa.
Clara, por sua vez, não se considera uma heroína. “Eu não pensei duas vezes. Uma vez que eu notei que ele não tinha pulso, eu estava bastante pessimista, mas achei que não tinha nada a perder. Mas o timing foi perfeito, e isso mostra que primeiros socorros realmente funcionam.”
Fonte: People Pets