Na época das férias, a preocupação com o bem-estar dos animais de estimação tem sido cada vez mais comum. Se optar por levar o animal na viagem alguns pontos são muito importantes.
De acordo com a professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Sorocaba (Uniso) Andrea Higa, transportar animais soltos no carro, além de arriscado para o próprio animal e para o motorista, também é considerado como infração de trânsito. “Durante a viagem, seja ela longa ou curta, o tutor deve transportar o animal protegido de quedas que podem acontecer com a movimentação ou a freada brusca do carro, e que, dependendo do tamanho do cão ou gato pode até resultar em fraturas. Além disso, os animais agitados soltos podem, ao perambular dentro do carro, acabar deitando em locais que podem atrapalhar a condução do veículo”, comenta.
Segundo Andrea, o transporte dos cães e gatos tem sido facilitado pela utilização de produtos cada vez mais práticos e seguros. “A caixa de transporte é o acessório mais utilizado para o transporte de animais em viagens de carro ou avião. É também o acessório de escolha dos pet shops para transportar animais com segurança a caminho do banho e tosa. Essas caixas são encontradas nas lojas em diferentes formas, cores e tamanhos. Também podem ser encontradas caixas em forma de bolsas que facilitam carregar os animais de forma mais prática e bonita”, explica.
Andrea destaca que as caixas possuem aberturas para ventilação, compartimentos apropriados para guardar ração, grade no assoalho para evitar o animal se suje caso urinar ou defecar dentro dela. Geralmente são feitas com material plástico e desmontável para facilitar a higienização.
Durante o transporte, a caixa deve estar segura com o cinto de segurança ou no assoalho do carro, pois a queda da caixa com o animal dentro também pode provocar acidentes.
Segundo Andrea, alguns cães e gatos são mais facilmente adaptados para o transporte em caixas. Porém, outros podem apresentar maior estresse no momento da entrada na caixa e durante o transporte. Por isso é sempre indicado que haja um preparo em casa nos dias que antecedem a viagem, principalmente se a viagem for longa. Deve-se estimular a entrada do animal na caixa com paninhos ou brinquedos aos quais eles estão acostumados, deixar a caixa aberta durante alguns dias no local onde ele dorme. Em casos mais complicados pode-se colocar o animal pela parte de cima, desmontando a caixa. Durante o transporte de bichos mais estressados, pode ser colocado um pano para encobrir a caixa e evitar estímulo visual do animal. A escolha da caixa deve ser feita sempre pensando no tamanho do animal, permitindo a movimentação dentro dela. O bem-estar do animal sempre deve ser prioridade.
Estão também disponíveis assentos para animais, mais comumente cães, que são colocados sobre o assento do carro, e presos com o cinto de segurança. “Assim como nas cadeirinhas para bebê, os assentos para animais também possuem um cinto de segurança onde o animal fica preso. Muito interessante para viagens curtas, porém como não permite que o animal se deite, pode não ser adequado para longas viagens. A vantagem é que dá a impressão ao tutor que o animal está mais confortável e a interação com as pessoas dentro do carro é melhor”, afirma Andrea.
Com informações do Jornal Ipanema.