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Brasil: Aumenta número de animais transportados vivos para abate no exterior

22 de janeiro de 2010
2 min. de leitura
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Por Lobo Pasolini (da Redação)

Apesar de uma intensa campanha internacional para se pôr um fim ao transporte internacional de animais, o Brasil vai mais um vez contra a corrente e intensifica o problema. Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em 2009 foram exportados 518,1 mil animais, um aumento de quase 30% em relação ao ano anterior. Isso quer dizer que o Brasil agora exporta 12% dos bovinos exportados mundialmente. Em 2005, esse número era 3%.

Além da questão da crueldade imensa que isso representa, o Brasil mais uma vez demonstra sua vocação para permanecer no passado e deixar sua natureza ser destruída – no caso, a Amazônia, onde esses bovinos são explorados – para ganhar alguns dólares manchados de sangue. Recentemente, um desses navios a caminho do Líbano afundou. Morreram algumas dezenas de pessoas e milhares de animais, embora estes a imprensa tenha ignorado totalmente.

Quando estudamos História na escola e os professores nos falam com horror dos navios que transportavam escravos em condições dantescas, nós respiramos aliviados na segurança de aquilo se tratar de uma coisa do passado, uma deformação moral que a sociedade a muito custo conseguiu corrigir. Só que isso é uma ilusão: os navios dantescos carregados de escravos continuam cortando os oceanos com as milhares e milhares de vítimas, todos os dias, cada vez mais.

Toda exploração de animais é cruel e fútil, mas alguns casos chamam a atenção pelo requinte de sadismo. Esse é um deles. Quem quiser contribuir para pôr um fim a essa situação calamitosa, deve considerar o veganismo como a forma correta de responder a essa situação. Ao parar de consumir produtos animais, além de ajudar a diminuir a demanda, você contribui para fortalecer essa ideia. Nunca devemos subestimar o impacto que a mudança individual pode ter no coletivo.

Com informações de Pantanal News

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