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NEGLIGÊNCIA

Vereador Toninho Vespoli (PSOL-SP) denuncia superlotação e abandono na Divisão de Vigilância de Zoonoses de SP

Funcionários disseram que o local tem tubulação exposta, azulejos quebrados, grades enferrujadas e problemas com ratos, além de abrigar mais animais do que a capacidade máxima

15 de maio de 2024
Júlia Zanluchi
2 min. de leitura
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Foto: Arquivo pessoal

De acordo com a notícia publicada na coluna de Mônica Bergamo, o vereador Toninho Vespoli (PSOL-SP) acionou o Ministério Público após visitar o complexo da Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ) da Prefeitura de São Paulo durante o mês de abril, solicitando uma investigação aprofundada sobre a situação do local. Ele relatou no documento que o DVZ, localizado em Santana, na Zona Norte da capital, está passando por problemas de infraestrutura e superlotação nos abrigos para cães e gatos.

Funcionários relataram que parte da tubulação está exposta, os azulejos quebrados e as grades da área dos canis estão enferrujadas, sendo que algumas nem fecham, podendo machucar os animais que tentam colocar a cabeça para fora. Além disso, foi relatado um problema com ratos que prejudica ainda mais a estrutura do complexo.

Atualmente, 54 animais estão sendo mantidos em um espaço que comporta no máximo 40. Para caber todos, alguns canis individuais estão sendo ocupados por dois cachorros e a área aberta de recreação se tornou um alojamento. Como não há camas e colchonetes, eles dormem em paletes de madeira.

Toninho ainda relatou no documento que viu uma cadela com filhotes recém-nascidos que não deveriam estar ali, visto que eles correm sério risco de pegar doenças por conta da fragilidade.

Foto: Arquivo pessoal

Antes de serem adotados, os animais são transferidos da DVZ para a Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap). O vereador relatou ao Ministério Público que o problema de superlotação vem da redução nas adoções, visto que, segundo dados levantados por ele, até maio deste ano foram realizadas 85 adoções, enquanto o número no mesmo mês em 2023 era de 92 adotados.

Sobre a situação, a Prefeitura de São Paulo declarou que “o fluxo de animais alojados nos canis de vigilância da Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ) é dinâmico, com entradas e saídas constantes”, e que a retirada dos animais obedece as leis.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) diz que os animais são mantidos em condições “adequadas de alojamento, manuseio e alimentação, respeitando as normas técnicas e regulamentações vigentes”, o que não é condizente com a realidade relatada pelos funcionários e vereador.

A secretaria diz ainda que reformas foram feitas nas áreas destinadas aos animais abrigados no complexo. Entretanto, quase todas as melhorias foram realizadas no prédio da Cosap, de acordo com os funcionários.

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