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Vegetarianos reduzem impacto ambiental

6 de junho de 2009
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Foi por respeito aos animais e preocupação com o meio ambiente que a estudante Mellothi Zanandrea de Melo, 20 anos, tomou uma decisão radical quatro anos atrás: cortar de vez o consumo de carne.

O primeiro contato da jovem com a dieta sem carnes foi por meio de uma amiga. Fez pesquisas, estudou o assunto, usou a internet para se informar melhor e chegou à conclusão de que abdicar de carne seria uma boa decisão em nome do meio ambiente.

Depois, entre uma conversa e outra, ela convenceu cinco amigos a cortarem carne vermelha da dieta. Outros três se tornaram vegetarianos, como ela, ou seja, não consomem mais nenhum tipo de carne.

“Mesmo entre os que não comem carne, a maioria toma a decisão pensando na dieta. As pessoas ainda pensam somente no próprio umbigo e, por outro lado, acredito que falta muita informação”, disse Mellothi, que também apoia decisões menos radicais em nome do meio ambiente, como a de apenas reduzir o consumo de carne.

Dados de organizações ambientalistas apontam o custo ambiental da produção de carne, quando comparada com a produção de vegetais.

Produção

Segundo dados do Instituto Cepa (Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola), em quatro anos, numa área de um quarto de hectare (2,5 mil metros quadrados) voltada para a pecuária são produzidos 210 quilos de carne.

No mesmo espaço, seria possível produzir muito mais alimentos vegetais: oito toneladas de feijão, 19 toneladas de arroz, 23 toneladas de trigo ou 44 toneladas de batata.

O gasto com água na pecuária também é bem maior. Para se produzir um quilo de soja, são necessários 500 litros de água. Mas, para produzir um quilo de carne bovina, são necessários 15 mil litros de água.
O impacto ambiental é outro aspecto negativo da pecuária. Cada cabeça de gado precisa de um hectare de pasto para engordar, o que equivale a 10 mil metros quadrados.

Hoje estima-se que haja 200 milhões de cabeças de gado no Brasil em 250 milhões de hectares, o que representa quase um terço do território nacional.

Para ter uma alimentação amiga do ambiente

• Dê preferência a vegetais: frutas, verduras, legumes e grãos. Segundo pesquisas recentes, a pecuária precisa de áreas bem maiores do que a agricultura, consome mais água e contribui para o aquecimento global, acredite se quiser, com o metano da flatulência do gado.

• Compre alimentos produzidos na sua própria região e de preferência da época. Assim, a possibilidade de estragarem é menor. Segundo pesquisas, o brasileiro desperdiça em média um terço do que consome.

• Apesar de ter que pagar mais por isso, prefira alimentos orgânicos. A agricultura orgânica não usa nenhum tipo de químico, seja agrotóxico, seja fertilizante, e, portanto, não polui.

(Com informações de A Cidade)

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