Por Giovanna Chinellato (da Redação)
Discute-se no Reino Unido que o veganismo merece as mesmas proteções legais que a religião. Isso pode parecer meio utópico, mas em novembro passado um tribunal votou a favor de um empregado que disse ter sido mandado embora por causa de suas crenças ambientalistas.
O comitê de igualdade e direitos humanos redigiu uma proposta nova à Equality Bill (lei da igualdade), que traria – e limitaria – uma nova interpretação ao conceito de religião. “Uma crença não necessariamente inclui fé ou adoração a deuses, mas afeta como uma pessoa vive sua vida ou percebe o mundo”. Em vez de proteger apenas religiões principais, poderia envolver cultos, religiões alternativas e até a “falta de fé” que os ateístas mantêm.
O veganismo foi especialmente chamado de sistema de crença cujo “comprometimento ético para o bem-estar animal” encontra o critério de ser sério, coesivo e importante como qualquer religião tradicional.
Quando você pensa a respeito, a moralidade do veganismo não é muito diferente das grandes religiões do mundo. Envolve o respeito aos outros, não fazer mal e apreciar o mundo natural. Na verdade, muitas restrições alimentares religiosas são baseadas em motivos de bem-estar animal. Então por que alguém deveria ser tratado diferente se recusa produtos de origem animal por motivos morais, e não religiosos? Ou, como Brandon Bosworth escreveu em Modos Vegetarianos à Mesa, “restrições vegetarianas por religião são importantes, mas por questões pessoais e éticas, não são?”
A intenção da Equality Bill não era redefinir crenças religiosas ou filosóficas… mas por que não? Só por oferecer oportunidades iguais para as pessoas que permanecem numa lista de dogmas pré-aprovados, é uma outra forma de dizer que algumas pessoas são mais iguais do que outras. Essa pode ser a forma como a maior parte do mundo funciona atualmente, mas a pauta de novembro, que coloca preocupações ambientais no mesmo plano legal que o cristianismo e o islamismo significa que veganos (e outros sob o mesma conduta) podem começar a ser um pouco mais respeitados.
Com informações de Animals Change