Polvos mortos de vários tamanhos e algumas tainhas apareceram na costa, este sábado (2), entre a praia de Valadares, em frente ao antigo sanatório, e o paredão de Canide-Sul, em Vila Nova de Gaia, em Portugal.
Fonte daquela polícia, que estava na praia após um alerta para um pé humano com uma bota encontrado em Valadares, disse ao JN que tudo aponta para uma descarga poluente, com metais pesados.
Segundo os resultados preliminares da autópsia efetuada pelo Parque Biológico de Gaia, “não há nenhuma razão de caráter agressivo que justifique a morte dos polvos”, assegurou ao JN o vice-presidente da Câmara Municipal de Gaia, Marco António Costa. “Está completamente fora de hipótese tratar-se de algo relacionado com poluição”, disse o autarca.
No meio da tarde, o diretor do Parque Biológico de Gaia mantinha-se no local acompanhando os trabalhos de limpeza do areal. E eram muitas as dúvidas de Nuno Oliveira e para as quais apenas as conclusões vindas do Laboratório Nacional de Medicina Veterinária acharão resposta.
Na análise “muito sumária” feita pelos técnicos do Parque Biológico apenas se estabeleceu tratarem-se de polvos frescos, já que havia a suspeita de poder tratar-se de moluscos atirados ao mar.
Ainda de acordo com o presidente do Parque Biológico, a hipótese da morte dos polvos estar relacionada com poluição “elimina-se com facilidade”, uma vez que não houve outros peixes mortos. “A origem da morte deve ter sido uma causa natural”, adiantou, estranhando, no entanto, o fato de os cadáveres terem aparecido na costa todos ao mesmo tempo.
Dúvidas que deverão ser esclarecidas dentro de alguns dias, após a divulgação do resultado das autópsias realizadas pelos técnicos do Laboratório Nacional de Medicina Veterinária.
Marco António Costa sugeriu, ainda, que na origem do fenômeno poderão ter estado as alterações das condições biológicas, resultantes da agitação verificada nos últimos dias.
Moradores garantem que se trata de “algo nunca visto”.
Fonte: Jornal de Notícias
