Marcio Bueno
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Quase 100 mil visitantes estiveram na Expointer durante os dois primeiros dias
Durante este domingo, dia 28 de agosto, a Vanguarda Abolicionista e uma dezena de seus apoiadores estiveram promovendo a já tradicional manifestação em frente à Expointer, em Esteio. A 34ª Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários, uma das maiores feiras do mundo no setor, reúne em cerca de dez dias um panorama completo da exploração animal não-humana. Gado para reprodução, laticínios ou abate, o rodeio Freio de Ouro, exposição de animais, concurso de carcaças, doma, couro, lã, aves engaioladas, abate, montaria, comércio de todo tipo envolvendo animais, chinchilas para extração de pele, galinhas poedeiras, cachorros de raça e até mesmo gado bovino premiado que ouve violinista e posa com autoridades para fotos, ano após ano.
Público teve acesso às propostas do anti-especismo, veganismo e libertação animal
Como sempre, a intenção dos ativistas é apresentar sua opinião contrária ao uso de animais como produtos, pela não-exploração. Diversos banners foram instalados na porta de entrada da Expointer – tratando de abate, couro e pró-veganismo, com distribuição de cerca de 5000 panfletos informativos. Dezenas de milhares de pessoas acorreram à feira no domingo e puderam, muitos pela primeira vez, tomar contato com uma outra verdade, mantida longe dos holofotes oficiais. Alguns se interessaram e buscaram mais explicações sobre o posicionamento dos manifestantes.
Cartazetes com frases de impacto, e maior mobilidade em meio à concentração de público, também foram utilizados
Neste ano, o diferencial foi a utilização de desenhos de animais da pecuária – porco, frango, vaca – na calçada frontal, manchados com sangue falso, confeccionados especialmente para o protesto pelo ilustrador Johann Fischer. O efeito teatral chamou a curiosidade de diversos passantes que, juntamente aos impressos pedagógicos distribuídos, perceberam a intenção de denúncia da violência contra os não-humanos. Também, cartazes com os dizeres ‘sou gaúcho mas sou contra a exploração animal’, para desmistificar a tradição pela tradição, como justificiativa para obter lucro via escravidão, tortura e morte de animais não-humanos.
Ícones de animais e sangue falso intrigaram e indignaram muita gente
Veja um vídeo da ação em http://www.youtube.com/watch?v=JAtG2gHHWyc.