Por Marcio Bueno (da Redação)
Mesmo com forte calor, ativistas passaram o dia em atividade pública
A Argentina produz 100 mil peles de chinchila por ano, o Brasil, 70 mil, e os outros países, juntos, 30 mil. A China compra 95% dessa produção, e o Rio Grande do Sul tem fazendas de pele que lhe dão papel de destque nesse ‘negócio’. Os dados, desconhecidos da maioria da população, ratificam a necessidade de mobilização dos ativistas, e por mais um ano a Vanguarda Abolicionista – VAL – realizou em Porto Alegre ato público alusivo ao Dia Internacional Contra a Indústria de Peles da China.
Panflegatem maciça foi a tônica do dia
A atividade aconteceu das 9h às 18h no Parque Farroupilha, na Capital gaúcha, com maciça panfletagem, banners e cartazes. E, o que é mais importante, a ação pedagógica do corpo-a-corpo, abordando as pessoa com simpatia e explicando-lhes o porquê da atividade. Não foram poucos os que confessaram, com espanto, não saber que havia criação e esfola de animais no país, o que dirá na Região Metropolitana.
Capacidade diálogo com a população diferencia o trabalho da VAL
Um dos banners lembrava aos passantes que o couro também é pele animal, e entre as centenas de populares eu lá estiveram, um comerciante do ramo do couro se aproximou para manifestar sua opinão contrária. Outro passante se apresentou como mágico profissional, e contou ter abandonado o uso de coelhos em suas apresentações, trocando-os por bichos de pelúcia. Uma professora de Filosofia de Brasília levou impressos da Vanguarda Abolicionista e de siglas aliadas, e conversou sobre a inserção de nomes como Peter Singer em sala de aula. No cômputo final, a esmagadora maioria se
declarou contra a indústria de peles animais.