Dose antirrábica é suspeita de causar morte de 7 gatos e um cachorro no Rio e provocar sintomas em 30% dos 170 mil imunizados

Depois da morte suspeita de sete gatos e um cachorro, a Secretaria Estadual de Saúde resolveu adiar para 16 de outubro a 3ª etapa da campanha de vacinação antirrábica, antes marcada para sábado. Trinta por cento dos 170 mil animais imunizados desde o dia 7 de agosto haviam sofrido efeitos colaterais. Em nota, o órgão alegou que “questões técnicas” impediram a distribuição das doses a tempo. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou, no entanto, que os lotes da vacina Biovet distribuídas no Estado do Rio de Janeiro estão sob investigação. A composição do medicamento será estudada.

A decisão da Secretaria Estadual de Saúde foi comemorada por entidades protetoras de animais. “Seria interessante que o pessoal que aplica a vacina no posto de saúde tivesse medicamentos para socorrer os animais que apresentarem sintomas como cansaço, perda do apetite, dificuldade respiratória, convulsões e hemorragias”, propõe a veterinária Andréa Lambert, presidente da Associação Nacional de Implementação dos Direitos Animais (Anida). Em agosto, a Anida pediu na Justiça a suspensão da campanha de vacinação.

Em Petrópolis, a Secretaria Municipal de Saúde emitiu nota para explicar a suspensão da campanha: “O adiamento ocorreu devido a alguns animais (a maioria de pequeno porte) apresentarem sintomas. As vacinas estão sendo investigadas e as secretarias de Estado e municipais aguardam segunda orientação do Ministério da Saúde, responsável pela compra e distribuição das vacinas aos estados”.

79 mortes

Foram relacionadas à imunização as mortes de 79 animais — dos quais 41 cães — nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.

Após três anos, no último dia 4, o Ministério da Saúde registrou um caso de raiva humana provocada por ataque de cão, em Chaval, no Ceará.

Fonte: O Dia