(da Redação)
Com o passar dos milênios, o mundo passou por intenso desenvolvimento urbano, industrial, científico e tecnológico nas mãos humanas, e isso possibilitou a multiplicação “ao infinito” das opções de entretenimento para as pessoas. Supostamente, o uso e a presença de animais em práticas de diversão humana não deveriam ser aceitáveis e nem necessário há muito tempo. Mas, em contrapartida, não é o que se vê: o abuso de animais não-humanos para entretenimento humano ou em eventos tradicionais de diversos povos sob a alegação de fazer parte da tradição ou da cultura continuam ocorrendo e sua diversidade não tem limites.
Por exemplo, foi publicada recentemente na ANDA uma matéria que falava sobre uma tradição onde cavalos são obrigados a nadar entre duas ilhas americanas em mar violento, para serem leiloados.
Cavalos em terra firme já são extremamente explorados em corridas por todo o mundo; apesar de cavalos serem animais com porte físico próprio para a corrida, obrigá-los a correr em eventos humanos não pode ter outro nome a não ser exploração.
Mas se forçar cavalos a correr sistematicamente para satisfazer objetivos humanos é errado, o que se pode dizer sobre obrigar bovinos a correr na lama?
Em Batusangkar, na Indonésia, a cada ano ocorre no mês de Outubro o “Pacu Jawi”, que significa “tradicional corrida de vacas” para celebrar o fim da época das colheitas pelo grupo étnico Minangkabau. As informações são da Mother Nature Network e do Mirror, do Reino Unido.
A prática consiste em estimular um par de bovinos a correr na lama. O condutor, chamado jockey, com o objetivo de mostrar “a força do seu gado”, leva os animais para campos de arroz lamacentos e, agarrado às caudas de dois bovinos, equilibra-se descalço sobre pequenas plataformas de madeira presas aos arreios. Vários condutores realizam a tal corrida, cada qual com dois animais, competindo entre eles. Após serem submetidos a correr um longo tempo em poças fundas de lama e puxando um homem que fica agarrados a cordas presas em seus corpos, esses animais são vendidos em um leilão.
Não se tem notícias de grupos defensores de direitos animais atuando pelo fim desse evento ou sequer denunciando a exploração animal que acontece no mesmo.