EnglishEspañolPortuguês

Uso de terapia com células-tronco ajuda a salvar animais

3 de julho de 2013
3 min. de leitura
A-
A+

As células-tronco na medicina veterinária ganha cada vez mais conhecimento, uma vez que a sua aplicação e estudo estão em um processo de crescimento continuo.

A terapia com células-tronco tem sido estudada há décadas, e há alguns anos, ela é usada já como forma comercial, inicialmente nos EUA, onde realizam esse tipo de tratamento para animais debilitados, com relativa frequência.

Aqui no Brasil, essa terapia, que se insere na medicina veterinária regenerativa ainda é novidade, causando desconfiança por parte de alguns veterinários e entusiasmo por parte dos tutores, que vêm na terapia uma última esperança para seus animais.

A visão de que as células-tronco possam ser a cura para tudo está muito longe de acontecer, pois as células têm ações específicas e consequentemente doenças específicas que respondem ao seu uso. E ainda, dentre as doenças tratadas, existe um momento adequado para que seja feito o uso da terapia celular.

Por isso, é importante que não seja banalizado o uso das células-tronco, que ela não seja tratada para qualquer doença e ou qualquer situação, daí vem a importância de um especialista para o tratamento com células tronco. Por sua vez, esse especialista precisa de outros especialistas para falar da parte clínica, do diagnóstico. Esse é um dos motivos que torna a terapia celular com células-tronco um investimento alto.

As doenças que respondem a terapia são: doença renal crônica, cinomose, lesão medular, displasia coxo-femoral, artrites, aplasia medular e a célula tem função de imunomediação, antiinflamatória e regeneração tecidual.

Essas células-tronco, são chamadas de células-tronco mesenquimais, que uma de suas características é que elas não tem risco de rejeição. Por isso, existe um banco de células-tronco de cães e gatos, onde essas células estão prontas para o uso, ou seja, para o transplante em um animal doente.

Uso

As células-tronco usadas no tratamento podem ser tiradas do animal que passará pela terapia ou de outros. “Isso é possível porque as células-tronco, diferente das outras células mononucleares, possuem a capacidade de não serem reconhecidas pelo sistema imunológico do animal”, afirma Dr. Enrico Santos, sócio fundador da empresa Celltrovet, que conta com tecnologia para extração, isolamento e caracterização de células-tronco adultas.

“No tratamento feito com o material do próprio animal, as células-tronco são separadas das outras células presentes na gordura e submetidas a diversos testes de qualidade, como morfológicos, moleculares, de contaminação, entre outros. Posteriormente, são armazenadas no banco de células-tronco ou usadas nos tratamento das doenças”. O preparo das células tende a levar de 3 a 4 semanas para garantir a qualidade do tratamento.

Já na terapia feita com as células-tronco doadas por animais jovens, as células passam por testes de proliferação e diferenciação. Estas células-tronco ficam, então, armazenadas no banco do laboratório e podem ser aplicadas nos animais de 24 à 48 horas.

O tratamento não oferece risco ao animal, afirma Dr. Enrico. Porém, nem todos os animais respondem de forma eficiente ao tratamento. “Alguns são curados, outros apresentam uma melhora na qualidade de vida e muito poucos não respondem ao tratamento”, disse.

São feitas, em média, três aplicações no animal, com intervalos de 30 dias cada. Ou seja, a terapia costuma durar 60 dias. Mas, segundo Dr. Enrico, dependendo do animal e da doença, apenas uma aplicação pode resolver a questão. Cada aplicação custa aproximadamente 1500 reais.

Com informações de Segs

Você viu?

Ir para o topo