Os animais de hábitos noturnos, já são caçados durante anos no sudeste da Ásia e estão sendo cada vez mais visados na África
Cerca de 900 mil pangolins, popularmente conhecidos como tamanduás escamosos, já foram traficados pelo sudeste da Ásia nas últimas duas décadas – disse o órgão de vigilância da vida selvagem, TRAFFIC, no dia 20 de fevereiro, relatando o desafio de combater o comércio ilícito desses animais.
O mamífero é o animal mais traficado do planeta e eles são altamente valorizados na medicina alternativa em países como China e Vietnã. Os asiáticos usam as escamas do animal com vários propósitos, que vão desde tratamento de câncer até problemas mais simples, como inchaço.
Os animais de hábitos noturnos são caçados há anos no sudeste da Ásia e estão sendo cada vez mais visados na África. Um novo relatório divulgado pela TRAFFIC estimou que cerca de 895 mil pangolins foram contrabandeados entre 2000 e 2019 no sudeste da Ásia.
O relatório também observou que mais de 96 mil kg de tamanduás foram apreendidos na Malásia, Cingapura e Vietnã entre 2017 e 2019.
“Não passa um dia sem que ocorra uma apreensão de animais silvestres no sudeste da Ásia, e muitas vezes em volumes que são absurdos”, disse Kanitha Krishnasamy, diretora do TRAFFIC na região.
Em 2016, o pangolim recebeu o mais alto nível de proteção da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES), o que significa que todo o comércio desses animais é proibido.
Mas grupos de proteção dizem que o negócio ilícito ainda é intenso e o TRAFFIC pediu leis e multas mais fortes, e que as autoridades fechem mercados e plataformas online que vendem animais silvestres protegidos.
A TRAFFIC também declarou que cerca de 225 mil kg de marfim de elefante africano, 100 mil tartarugas com nariz de porco e 45 mil aves canoras foram apreendidas no sudeste da Ásia nos últimos anos.
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