Por Roberto Martins (em colaboração a ANDA)

Um urutau foi recolhido pela Polícia Militar Ambiental no inicio desta semana, em um jardim de um edifício no bairro Barro Vermelho no município de Vitória.

A presença da ave foi notada desde a noite anterior pelo porteiro do edifício, Noemi Alves Serrano de 47 anos, que acionou os policiais ambientais pensando ser um gavião e por permanecer no jardim, julgou que a ave corria o risco de ser atacado por cães ou gatos – “fiquei preocupado da ave ser atacada por algum predador, de ficar desorientada pelo tumulto comum aos centros urbanos ou ainda que pudesse atacar algum morador”.

De imediato uma equipe chegou ao local e para surpresa dos policiais ficou constatado ser um urutau já adulto, medindo aproximadamente vinte centímetros, ave esta que não é comum ser vista ou recolhida pelos policiais ambientais conforme relatou o sargento Belei, “foi uma surpresa muito grande, pois nunca havia recolhido uma ave dessa espécie que deve ter aparecido no bairro em busca de alimentos considerando a grande quantidade de árvores em volta do local”.

Após o recolhimento, a ave apresentava plenas condições de soltura, sendo esta realizada na Reserva de Queimados, município de Serra, onde outras da mesma espécie já foram localizadas.

No mês de novembro deste ano um ninho de urutau foi encontrado na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), no campo de Goiabeiras. A ave, que é de hábitos noturnos e típica do cerrado, é considerada rara, Para se defender dos predadores, o pássaro tem uma plumagem cinza.

Geralmente, pousa em troncos de árvores e muitas vezes são confundidas com um galho seco. Sua alimentação é constituída basicamente de insetos que apanha em pleno voo, principalmente os grandes, porém pode comer outros animais de pequeno porte, como morcegos, lagartos e pequenos pássaros.