O primeiro zoológico do mundo foi fundado no verão de 1752, em Viena. Mais de 130 anos antes da abolição da escravatura humana no Brasil. O século 18 é um marco para a exploração animal. Aprisionar animais para o entretenimento humano se tornou uma “opção” de diversão e passeio familiar. A humanidade dissociou totalmente o conceito de respeito e vida. Esperava-se que com o passar dos anos e a evolução da consciência, incluindo a descoberta e confirmação da sensiência animal, esses abusos seriam reduzidos ou completamente abolidos. Ledo engano.
Hoje, em 2021, cerca de 270 anos depois da criação do primeiro zoo, ainda vemos aberrações cada vez mais cruéis e estridentes. Grandes empresários buscam constantemente novas formas de obter mais lucros com espetáculos envolvendo animais. Enquanto os visitantes pagam por alguns instantes diante de um animal aprisionado após ser retirado do seu habitat, esses animais experimentam uma vida inteira de escravidão e sofrimento intensos longe de seus lares e familiares. Graves danos psicológicos são comuns e frequentes em espécies exploradas em zoos.
Um dos casos mais gritantes são os dos ursos-polares, uma espécie criticamente ameaçada de extinção, que é forçada a viver em ambientes artificiais que em nada se assemelham aos seus habitats. Além de serem privados de tudo que lhes é natural, em alguns locais do mundo esses animais ainda são obrigados a realizar truques, como montar em bolas ou andar de bicicleta para entreter visitantes. Na natureza, ursos-polares aprendem desde jovem a desbravar seus habitats, caçar e interagir com outros membros de sua espécie.
A vida em cativeiro nunca poderá ser comparada à vida na selva. Na região ártica, onde vivem os ursos-polares, eles passam o dia viajando ao longo do gelo marinho, um habitat que está diminuindo devido às mudanças climáticas. Eles também são excelentes nadadores e podem suportar as temperaturas abaixo de zero do Ártico, mas em cativeiro, esses animais geralmente vivem em um recinto ou área de exposição com uma piscina de concreto.
Não só ursos-polares, como todos os animais que vivem aprisionados geralmente apresentam comportamentos não naturais e repetitivos, como andar de um lado para o outro, balançar, balançar e balançar ou sacudir a cabeça. Outros podem causar ferimentos por excesso de lambedura ou automutilação resultante de mastigar ou morder a si mesmos ou a itens em seu recinto. Esses comportamentos são definidos como “zoocose”, uma condição comportamental encontrada em animais cativos em todo o mundo.
O estresse de estar em um recinto fechado é apenas um fator que contribui para sua angústia mental. Os animais expostos são frequentemente assediados por funcionários e visitantes, incluindo crianças, que podem bater no vidro de um recinto ou jogar itens dentro do recinto na tentativa de alimentar, “entreter” ou até mesmo ferir o animal. E eles estão sujeitos a ruídos altos, multidões e condições climáticas que podem não experimentar em seu ambiente natural.
Você pode ajudar a dar fim ao sofrimento desses animais. Ao deixar de frequentar locais onde animais são abusados, explorados e maltratados você cessa a demanda e os obriga a fechar. Isso impedirá que mais animais continuem sendo retirados dos seus habitats e escravizados para entretenimento humano. Informe-se. Aja!