A rotina dos ‘recrutas Panda’ prevê inclusive simulação de situações de perigo. Eles são submetidos a sons e cheiros de inimigos associados a predadores, como leopardos, para desenvolver capacidade de defesa. Assim, podem aumentar suas chances de sobrevivência na natureza.
É feito de tudo: desde as técnicas mais ortodoxas até mesmo vestir fantasias de panda para não assustar os filhotes que nunca viram seres humanos. Desde 2003, os chineses estão seguindo tais programas para aumentar as chances de vida dos pandinhas gerados em cativeiro. O plano para a preservação da espécie foi desenvolvido porque os pandas gigantes não são bons de procriação em cativeiro: somente 24% das fêmeas dão à luz. Elas só têm três dias férteis por ano e podem procriar apenas uma vez a cada dois anos.
Liberdade
As novas experiências são animadoras. Até o fim do ano, mais seis pandas gigantes reproduzidos em cativeiro na base de criação de Wolong serão soltos na Província de Sichuan, na China. Atualmente, passam pelo treinamento em área que reproduz as condições das reservas em que serão soltos.
O zoólogo e chefe da base de treinamento de Wuhan, Huang Yan, disse à Agência Xinhua que a experiência da fêmea Cao Cao e seu filhote Tao Tao trouxe ânimo. A mãe foi levada a uma reserva natural durante a gravidez em julho de 2010. O bebê nasceu em agosto. Em fevereiro, mãe e filho foram para base de treinamento, onde vivem numa ‘casa’ com grades cercada de vegetação.
Em 2013, os “recrutas” irão para as montanhas selvagens. Por enquanto, ainda são alimentados pelos cientistas, mas, no fim do ano, já deverão começar a procurar a própria comida, sempre observados.
Até 2010, havia 1.600 pandas vivendo na natureza nas províncias de Sichuan, Shaanxi e Gansu. De acordo com a Administração dos Recursos Florestais de Pequim, 312 foram gerados em cativeiro e deverão ser preparados para viver no ambiente natural gradualmente. Pelo menos 31 dos 38 filhotes nascidos em cativeiro sobreviveram.
Fonte: O Dia