Uma investigação feita em fazendas de extração de bílis de ursos na Coreia do Sul relevam as condições precárias em que esses animais são mantidos por dezenas de anos. Imagens feitas por ativistas em defesa dos direitos animais mostram ursos com unhas crescidas, pés rachados e feridos e manchas de calvície. As jaulas nas quais os animais são mantidos são repletas de fezes e não há água potável à disposição dos animais.
A exploração de ursos para extração de bílis é ilegal na Coreia do Sul desde 1992, mas nunca deixou de acontecer. Há fazendas “clandestinas” em diversas partes do país que só são fechadas quando ONGs vão até o local e resgatam os animais para encaminhá-los para santuários. O Projeto Moon Bear frequentemente leva ativistas e cientistas para avaliar a situação dos animais encontrados nesses locais e os resultados chocam.
Em uma fazenda em Gangwon-do, 15 ursos foram encontrado em gaiolas minúsculas e cobertas de fezes. Havia tantas moscas no local que era quase impossível ver os ursos. O cheiro fez vários ativistas e pesquisadores passarem mal. O Projeto Moon Bear tenta construir relações “amigáveis” com os proprietários dessas fazendas para conseguir negociar a libertação dos animais quando há vagas em santuários da vida selvagem.
Infelizmente, quando não há locais que possam acolhê-los, os animais são mantidos sob a guarda dos proprietários das fazendas, pois os ursos não podem ser devolvidos à natureza. A linhagem genética dos animais desconhecida e eles estão muito acostumados à interação humana. Embora os ursos negros asiáticos, mais conhecidos como ursos lunares, sejam nativos da Coréia, os que estavam em cativeiro foram importados da Rússia e da China no início da década de 1990.
Atualmente, estima-se que há mais de 300 ursos mantidos em cativeiro na Coreia do Sul.