Um urso-pardo foi brutalmente assassinado por aldeões próximo à cidade de Namin, no Irã. O animal foi perseguido, espancado e, após ser humilhado, foi amarrado a uma retroscavadeira e esmagado por um trator propositalmente. O urso teve a coluna, as pernas e a pélvis completamente esmagadas. Um órgão de proteção ambiental foi até o local impedir o ato cruel contra o urso, mas já era tarde demais, ele estava profundamente ferido. Uma equipe de resgate conseguiu transferir o animal para um hospital veterinário, mas ele não sobreviveu.
“Os aldeões prenderam o animal. Eles recorreram a métodos e comportamentos inadequados, o perseguindo, o espancando e o ferindo. Foram usadas ferramentas como um trator para conter o urso, causando sérios danos ao animal”, disse uma agência estatal, que confirmou os maus-tratos. Nenhuma autoridade quis se pronunciar sobre a punição dos envolvidos no crime. No Irã, os ursos-pardos, encontrados principalmente em florestas no norte e oeste do Irã, são classificados como ameaçados de extinção na Lista Vermelha da IUCN de espécies em risco.
O ativista Alan Knight, presidente da organização britânica International Animal Rescue, afirma que falta conscientização sobre a proteção dos animais. “É de partir o coração pensar na agonia sofrida por este pobre urso. Sim, o conflito entre humanos e animais selvagens é um problema sério, mas não há desculpa para lidar com isso torturando brutalmente um animal até a morte. Com as populações humanas invadindo cada vez mais os habitats, o espaço deve ser reservado para a vida selvagem e essas espécies preciosas devem ser tratadas com compaixão”.
No último domingo, também no Irã, um leopardo foi brutalmente morto a tiros após aparecer em uma área urbana e ferir um policial que o ameaçou. Muitos animais selvagens, incluindo lobos e raposas, estão sendo vistos em áreas urbanas do Irã nas últimas semanas. Além dos ursos-pardos, o Irã também abriga os ursos-negros-asiáticos, também conhecidos como ursos da lua, e classificados como vulneráveis na Lista Vermelha da IUCN.
Confira o vídeo abaixo (imagens fortes):