Um Protocolo de Intenções foi assinado no início de novembro, entre o comandante do Policiamento Ambiental, coronel Milton Sussumu Nomura e o reitor Zaki Akel Sobrinho. O documento tem a finalidade de fortalecer a articulação entre ambas as instituições, na implementação das ações para o desenvolvimento de um Termo de Avaliação de Bem-Estar Animal. A medida será utilizada por policiais militares ambientais para o atendimento das ocorrências de maus-tratos aos animais.

A metodologia está sendo desenvolvida no Laboratório de Bem-estar Animal (Labea/UFPR), a professora Carla Forte Maiolino Molento atua como coordenadora de Comportamento e Bem-Estar Animal, do Departamento de Zootecnia, no Setor de Ciências Agrárias. O assunto é foco da tese de doutorado da médica veterinária Janaina Hammerschmidt, sob orientação da professora Carla Molento. Ambas são especialistas em Perícia de Bem-Estar Animal diante de denúncias de maus-tratos. O procedimento está diretamente relacionado às atividades operacionais da Polícia Militar Ambiental, uma vez que, de 2010 a 2012, foram atendidas 554 ocorrências e 643 pessoas foram autuadas por praticar ato de abuso ou maus-tratos aos animais.

Dificuldade 

A maior dificuldade operacional nesse tipo de ocorrência é a constatação técnica e o diagnóstico do grau de Bem Estar Animal. Para isso, a metodologia da pesquisa prevê uma avaliação técnica de um conjunto de indicadores (nutricionais, de conforto, sanitários e comportamentais). Finalmente, o policial militar ambiental conseguirá definir as condições físicas daquele animal avaliado, subsidiando a adoção das medidas penais e administrativas cabíveis ao caso. Este protocolo será um grande avanço institucional para a Proteção Animal no estado e uma excelente ferramenta operacional com o respaldo técnico e científico da UFPR.

Fonte: CBN