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RARIDADE

Único tamanduá albino conhecido no planeta vive no Brasil; conheça

7 de janeiro de 2023
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Foto: Reprodução/Instagram @lucianocandisani

Ele tem a pelagem clara e os olhos avermelhados. Foi encontrado recentemente no Mato Grosso do Sul. O tamanduá-bandeira albino é o único da espécie conhecido em todo o planeta, e vive aqui no cerrado brasileiro. Já foi carinhosamente batizado de Alvin.

A descoberta foi feita em agosto de 2022. Funcionários de uma fazenda na região de Três Lagoas, a 330 Km da capital Campo Grande, avistaram o filhote, de oito meses, sendo carregado nas costas da mãe.

O que chamou a atenção é que a mãe tinha a pelagem normal, acinzentada, que ajuda a camuflar o bicho na vegetação do cerrado. Os pesquisadores do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS) iniciaram uma pesquisa sobre a adaptação do tamanduá-bandeira albino no cerrado.

Raridade

Não há notícias de que existam outros tamanduás albinos como Alvin. O albinismo é uma alteração genética na produção de melanina, gerando animais com pelagens claras ou aloiradas.

Em agosto de 2021, um ano antes de Alvin aparecer, os cientistas encontraram outro tamanduá-bandeira albino, na mesma fazenda, porém o animal estava morto. Foram coletados materiais genéticos para estudos.

A suspeita é de que os dois sejam irmãos. Um caso raro, já que para nascer um albino seria necessária a combinação genética do mesmo pai e mesma mãe, o que é difícil numa espécie que não é monogâmica. A explicação pode estar no desmatamento do cerrado.

Extinção da espécie

O tamanduá-bandeira está em risco de extinção por causa da caça e do desmatamento. Dados do International Union For Nature Conservation (IUCN), apontam que a espécie já perdeu 30% da população entre 2003 e 2013.

O mamífero, considerado um dos símbolos da fauna do bioma, está presente em todo Cerrado brasileiro e também em algumas áreas da América do Sul. Mas tem perdido o habitat natural, principalmente pela destruição para dar lugar a agropecuária.

Em 2016, um estudo científico apontou que no Mato Grosso do Sul existiam apenas 16% da vegetação original do Cerrado. De acordo com o MapsBiomas, plataforma que monitora o uso do solo no país, 45,4% do Cerrado brasileiro já foi destruído para dar lugar a agropecuária, principalmente o cultivo de milho e soja.

 

Fonte: Bnews

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