(da Redação)
Funcionários públicos britânicos ficaram chocados com o grau de sofrimento permitido pela proposta de regulamentação da União Europeia de experimentos com animais. O projeto de diretiva da UE, “relativo à proteção dos animais utilizados para fins científicos”, permite que macacos, cães, gatos e potros utilizados em experimentos sintam dor intensa e duradoura.
Segundo as normas, ossos dos animais podem ser quebrados, eles podem sofrer paralisação por choques elétricos. E mais: é permitido que o animal sofra traumatismo levando à falência de múltiplos órgãos; os experimentadores podem ainda restringir o movimento dos animais, que podem ser mantidos em isolamento por períodos prolongados.
As normas também permitem o transplante de órgãos entre espécies, mesmo que isso leve a grande perigo à vida dos animais.
As regras deixam claro que as experiências não se limitam a raças pequenas, tais como beagles, mas incluem cães de grande porte, como o são-bernardo. Cavalos e pôneis criados em estábulos também podem ser utilizados pelos laboratórios na Europa, segundo a regulamentação.
A diretiva permitirá práticas proibidas na Grã-Bretanha, que podem continuar a impor suas próprias regras.
A BUAV (British Union for the Abolition of Vivisection), que faz campanha contra testes em animais, acusou a União Europeia de ignorar as preocupações da sociedade.
*Com informações de Times online do Sunday Times