O Conselho da União Europeia (UE) adotou ontem, dia seis, um regulamento que acaba com as exceções que permitem cortar barbatanas de tubarões nos navios, que beneficiam as frotas portuguesa e espanhola, com o voto contra de Portugal.
A prática de ‘finning’ – que consiste em arrancar as barbatanas dos tubarões com o animal ainda vivo – é proibida na UE desde 2003, mas a legislação em vigor permite algumas exceções.
O texto adotado pelos 27 acaba com as exceções, afetando as frotas portuguesa e espanhola, as únicas que delas beneficiam.
Contra a barbatana de tubarão na China
Uma campanha contra a caça de tubarão liderada pelo ex-jogador e estrela da NBA (famosa liga de basquete norte-americana) Yao Ming está levando a juventude chinesa a rejeitar a sopa de barbatana, um tradicional prato chinês.
A iguaria é responsável pela morte de milhares de tubarões que são, todos os anos, massacrados pelos navios pesqueiros chineses. A sopa é característica das classes sociais mais favorecidas e seu consumo é uma indicação de status.
As barbatanas de tubarão representam apenas 5% da massa corporal do animal, e grande parte dos restaurantes serve a iguaria. Os animais são capturados em alto mar e suas barbatanas são retiradas assim que eles são puxados para dentro do barco, com o animal vivo e se debatendo. Essa prática brutal consiste em jogar o animal mutilado novamente ao mar, já que a parte interessante comercialmente já foi retirada. Cerca de 1kg de barbatana de tubarão-azul custa 1.000 yuans (US $ 160).
Com informações de Diário Digital