“É uma escolha pessoal.” Eis um clássico argumento de quem não pensa na possibilidade de reduzir seu consumo de carne. Só que não. Não é “pessoal”, pois tem impacto global. Escolha pessoal é fazer ou não uma tatuagem; usar saia ou calça; ir dormir ou ver uma série.
Comer carne tem um preço que vai muito além ao peso da peça: há um custo ambiental (uso do solo, da água, contaminação do ar e do lençol freático), social (pessoas que trabalham ou moram no arredores de matadouros, etc) e ético. Você escolheu o bife. O boi não escolheu virar bife.
O resultado da “escolha pessoal” de boa parte da população que tem recursos para comprar comida é o desmatamento, a perda da biodiversidade, a desumanização de trabalhadores, sofrimento animal e, o que comprova a manchete da UOL do dia 8/04/2023, o enriquecimento dos grandes da agroindústria.
Que tal repensar essa escolha?
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/04/08/lista-forbes-brasileiros-agronegocio.htm