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HABITATS INVADIDOS

Uma das maiores onças pardas vistas no Triângulo Mineiro é encontrada morta após atropelamento

1 de fevereiro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: HVU/Divulgação

Uma onça-parda foi atropelada na MG-427 entre Uberaba e Conceição das Alagoas. O macho adulto, de 50 kg, é o maior animal já visto pelo Hospital Veterinário da Uniube (HVU).

De acordo com o gerente clínico do HVU, Cláudio Yudi, o animal tinha o peso ideal e era de grande porte, o que significa que estava se alimentando bem, mesmo sendo de vida livre.

Ainda segundo o Hospital Veterinário, o trabalhador de uma usina próxima ao local viu a onça atravessando a rodovia e sendo atropelada por um caminhão. Após o atropelamento, a onça entrou em um canavial, onde foi encontrada morta.

A onça foi encaminhada para o HVU para a realização de exames para confirmar os pontos de fraturas. A necropsia foi realizada na quinta-feira (31).

“Depois, o corpo será descartado por uma empresa especializada contratada pelo hospital. Entretanto, a pele do animal será preservada para ser utilizada em taxidermia”, explicou Cláudio.

Fragmentação de habitats

“Onças são atropeladas em rodovias principalmente devido à fragmentação de seus habitats naturais, causada pelo desenvolvimento humano e construção de estradas”, afirmou Cláudio.

Ele afirmou, ainda, que grandes felinos precisam de vastas áreas para caçar e se deslocar, e as rodovias cortam essas áreas, forçando-os a atravessar estradas em busca de territórios, comida e parceiros. A falta de passagens seguras e a alta velocidade dos veículos aumentam o risco de atropelamentos.

De acordo com o HVU, a territorialidade dos machos da espécie demarcam grandes áreas, o que impulsiona a dispersão, especialmente dos jovens em busca de novos territórios. O local do atropelamento é próximo de um corredor de mata, o habitat da onça-parda, o que explica a presença do animal na via.

“Existe uma área de reserva próxima, mas a rodovia atravessa esse território, criando um ponto de risco para esses animais”, concluiu Cláudio.

Fonte: G1

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