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ESTUDO

Um terço das espécies de tubarões e arraias está ameaçada de extinção

A pesca, a degradação do habitat, a crise climática e a poluição dos oceanos são as principais causas da redução drástica no número de arraias e tubarões que habitam os mares do mundo

8 de setembro de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Benoit Daoust / Shutterstock.com

Um terço das espécies de tubarões, arraias e quimeras está ameaçada de extinção. A conclusão é de um estudo da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) realizado durante mais de oito anos. Os resultados foram publicados recentemente na revista Current Biology.

A pesca, a degradação do habitat, a crise climática e a poluição dos oceanos são as principais causas da redução drástica no número de arraias e tubarões que habitam os mares do mundo.

Os pesquisadores envolvidos no estudo descobriram que 32,6% das espécies do grupo de peixes cartilagíneos (tubarões, arraias e quimeras) estão sob ameaça de extinção. Os dados revelam ainda uma redução acelerada das populações dessas espécies, já que o percentual exposto pelos cientistas é significativamente maior ao descoberto em 2014, quando 24% desses animais sofriam risco de extinção.

“Todas as espécies ameaçadas de tubarões, arraias e quimeras estão sob pesca excessiva, com 31% sendo mais afetadas pela perda e degradação do habitat e 10% afetadas pelas mudanças climáticas”, diz um comunicado divulgado pela IUCN e assinado pelos especialistas que lideram o estudo.

Foto: Freepik

Segundo os pesquisadores, cerca de 100 milhões de tubarões são mortos todos os anos pelas mãos dos seres humanos. A matança promovida pelos pescadores se torna ainda pior quando a taxa de reprodução dessas espécies é observada. Isso porque tubarões demoram para chegar ao período reprodutivo, já que chegam à fase adulta lentamente, e também dão à luz a poucos filhotes.

“Vamos trabalhar para fazer deste estudo um ponto de inflexão nos esforços para evitar mais perdas irreversíveis e garantir a sustentabilidade a longo prazo”, afirmou um dos colaboradores do estudo, Colin Simpfendorfer, em entrevista ao jornal britânico The Guardian.

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