Na beira de uma estrada de terra no interior da Bahia, pesa um silêncio carregado de expectativas. Os meus olhos correm pelo dossel de uma floresta de Caatinga enquanto minutos mudos são quebrados apenas pelo farfalhar das folhas com o vento. Estou acompanhada da guia de turismo de observação de fauna, Cristine Prates. Juntas, esperamos ansiosas por um sinal que indique a presença de um dos primatas mais ameaçados e ainda assim mais desprotegidos do Brasil: o guigó-da-caatinga.
Sua ocorrência está associada às florestas da Caatinga, da Bahia até o oeste de Sergipe. Considerado em perigo crítico de extinção, o drama do guigó – pouquíssimo estudado, 100% brasileiro, protegido por uma cobertura ínfima de unidades de conservação e cada vez mais pressionado pelo avanço de pastos – se assemelha aos dramas enfrentados pela própria Caatinga.
Achar o guigó-da-caatinga não é fácil. Além de poucos estudos sobre a espécie, seu comportamento e os locais em que ocorre, são animais ariscos e sua pelagem acinzentada – um verdadeiro casaco felpudo em nada condizente com a região quente em que vive – se camufla em meio aos troncos das árvores.
Cristine Prates, que trabalha com a observação do macaco desde 2021, conta com o apoio do playback para tentar atraí-los. A técnica consiste em reproduzir a vocalização da espécie numa caixa de som portátil. Como são territorialistas, se há algum grupo de guigós nas redondezas, eles costumam responder, eventualmente entregando sua localização com a cantoria e dando a chance de encontrá-lo na floresta.
A região da Chapada Diamantina – onde está o parque nacional e hoje a única unidade de conservação de proteção integral que abriga populações conhecidas da espécie – é talvez o melhor local para tentar vê-los, acredita Cristine, que monitora através do turismo diversos grupos nos arredores do município de Lençóis.
Nossa jornada começou de carro em uma estrada de terra que corta a Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual Marimbus/Iraquara. Em pontos pré-planejados pela guia, paramos e tocamos o canto do guigó. Por duas vezes, demos o play e aguardamos, sem nenhum sinal do macaco. No terceiro ponto, minhas esperanças já estavam baixas, admito. Eu já havia lido o quanto essa espécie é arisca e nessa altura já tinha me resignado que seria mais um primata ameaçado que eu buscaria em vão.
Foi então que todo silêncio da espera foi quebrado pelo característico som de “oh-oh-oh”s. Eu já tinha ouvido esse som suficientes vezes saindo da caixinha de som para saber que era a resposta que buscávamos. Ainda assim, troquei olhares de confirmação com a Cris, que acenou. Sim, depois de cerca de uma hora de busca, eram finalmente eles: os guigós-da-caatinga (Callicebus barbarabrownae). Nunca fiquei tão feliz em estar errada.
O desafio, entretanto, ainda não havia acabado. Pois ao mesmo tempo em que é impossível não ouvi-los quando vocalizam, para vê-los é preciso um esforço a mais.
Seguindo na direção do canto do guigó, conseguimos vislumbres distantes dos seus movimentos pelas árvores. Sempre nas árvores maiores, sua pelagem castanho-acinzentada praticamente desaparece, camuflada por detrás dos emaranhados de galhos e folhas, e em meio aos troncos igualmente esbranquiçados. A parte mais chamativa do guigó, sem dúvida, é seu rabo. Maior que o próprio corpo do macaco, ela pode medir mais de 50 centímetros e tem uma cor avermelhada que se destaca na mata.
Nesse ponto, tudo que conseguíamos ver eram os vultos dos guigós e os galhos balançando no fundo do vale, acompanhados pela trilha sonora da sua cantoria. De repente, eles se calaram. Fiquei apreensiva. Haviam ido embora? Cristine me manteve otimista: “quando eles estão se locomovendo, eles se movem em silêncio”. De fato, instantes depois o grupo, que pela nossa contagem tinha três indivíduos, apareceu mais próximo, olhando curiosos do topo das árvores.
Diante de nós estava uma das pouco mais de 100 populações de guigós-da-caatinga conhecidas hoje pela ciência.
“A ameaça de extinção não se dá especificamente pelo baixo número de populações conhecidas, mas pelo estado de conservação dessas populações. Via de regra são populações isoladas, que não têm a possibilidade de troca de indivíduos entre elas, o que gera uma série de problemas, como retenção genética, endogamia e, eventualmente, esses indivíduos podem morrer e esse fragmento não será recolonizado, causando a extinção local”, explica o biólogo Raone Beltrão, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Universidade Federal de Sergipe (UFS), e atualmente pesquisador associado do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB/ICMBio).
Para piorar, a maior parte dessas populações está em fragmentos desprotegidos.
Um cenário que espelha o bioma que o guigó carrega no nome, e do qual depende para sobreviver. De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, menos de 10% de toda a Caatinga é protegida por alguma unidade de conservação. Sendo apenas 2% com áreas de proteção integral.
Entram os bois, saem os macacos
O guigó-da-caatinga é considerado Criticamente Em Perigo de extinção, pela avaliação nacional realizada pelo ICMBio, e já foi até mesmo considerado um dos 25 primatas mais ameaçados do mundo pela publicação internacional Primates in Peril. Entre os principais fatores que colocam este macaco em risco tão grande de desaparecer está justamente a perda e a fragmentação do seu habitat: as florestas da Caatinga.
“O guigó é um bicho arbóreo, de mata. Às vezes a imagem da Caatinga é associada apenas a ambientes de vegetação arbustiva, seca e de solo exposto. Mas a Caatinga tem florestas. E pelo que vimos no campo e o que se sabe até hoje, esses bichos não ocorrem em ambientes arbustivos, mais baixos ou que perdem totalmente suas folhas durante a seca, porque eles precisam de alguma cobertura de folhas”, explica a professora Míriam Plaza Pinto, vinculada ao Departamento de Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Míriam orientou a pesquisa da agora doutoranda na UFRN Bianca Guerreiro que, em seu mestrado, buscou medir a densidade de grupos de guigós nos fragmentos onde a presença da espécie já era conhecida e relacionar esses números com as características no entorno dessas áreas.
A pesquisa também utilizou a base de dados do MapBiomas para entender as mudanças no uso e cobertura da terra dentro da distribuição do guigó entre 1985 e 2021. “Atualmente, a maior parte do habitat do guigó-da-caatinga é pasto”, resume Bianca.
Na tradução em números, 42% são pastos e outros 9% são classificados como mosaico de usos de agricultura e pastagens, o que totaliza pouco mais da metade da distribuição do macaco como área antropizada, ou seja, ocupada pela atividade humana.
Apenas nesses 37 anos – o equivalente ao tempo de vida de quatro a cinco gerações de guigós – mais de um quarto da vegetação nativa do bioma no habitat do guigó foi abaixo para virar pastagem.
Restam 38% de cobertura classificada como formação savânica – que apesar do nome também compreende florestas e são habitat pro guigó – e outros 5% de formação florestal em si.
As pesquisadoras foram a campo entre 2022 e 2023, num esforço conjunto com outro grupo de pesquisadores, composto pelos pesquisadores Raone Beltrão, Hamilton Barreto e Stephen Ferrari, da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Com apoio financeiro da Re:Wild (através do Primation Action Fund), da Primate Conservation Inc. e do Programa de Excelência Acadêmica (Proex) – CAPES, os times se uniram com o mesmo propósito: conhecer melhor os guigós-da-caatinga e seu habitat.
A dupla da UFRN tinha como foco a quantidade de grupos e qual o entorno dessas florestas ocupadas pelos macacos hoje – são fragmentos muito ou pouco conectados com outros remanescentes? Os animais estão isolados ou há possibilidade de fluxo gênico? –, já o grupo de pesquisa da UFS busca entender como é a estrutura da floresta, em si, em que vive o guigó – como são as árvores? quais são as espécies? tem diversidade de frutos?
Os pesquisadores visitaram cinco regiões distintas dentro da distribuição do guigó-da-caatinga, quatro no lado baiano e uma no sergipano.
No trabalho liderado por Bianca e Míriam – já concluído – foram amostrados 30 fragmentos, com tamanho máximo de 300 hectares. Em campo, elas viram o que os satélites já contavam: o avanço dos pastos sobre a Caatinga e a fragmentação brutal do que sobrou de cobertura florestal.
Os guigós são animais arborícolas, ou seja, vivem e se locomovem pelas árvores, evitando ao máximo ir ao chão, onde são muito mais vulneráveis aos predadores. Por isso, um pasto pode ser um obstáculo intransponível para esses macacos.
“O que nós mais vimos no entorno imediato desses fragmentos era pasto. Inclusive vimos muito gado dentro da mata, a tal da mata de fundo de pasto. E quando o gado entra nessa mata ele causa vários problemas”, explica Bianca. Os problemas vão desde o pastoreio e pisoteio das plantas jovens que iriam garantir a sucessão das árvores mais velhas – e a continuidade da floresta como um todo – até o aumento do risco de transmissão de patógenos para os animais silvestres confinados ali.
“Em geral é uma mata que está com os dias contados”, sentencia Míriam. No mesmo fio da navalha estão os grupos de guigós que dependem desses fragmentos, às vezes minúsculos.
Durante a pesquisa em campo, pesquisadores se depararam com inúmeros fragmentos de florestas cercados por pastagens, deixando os guigós-da-caatinga isolados. Fotos: Míriam Plaza Pinto
E num resultado que pode parecer contraditório no primeiro momento, é justamente nessas pequenas áreas de florestas cercadas por pastagens que Bianca e Míriam encontraram as maiores densidades de grupos de guigós. O resultado, porém, justifica-se e está longe de ser uma boa notícia.
“Quando você perde habitat de mata, para onde vão aqueles bichos? Eles vão para a mata adjacente que sobrar. Então inicialmente a densidade de animais nessa mata adjacente é altíssima, o que pode dar a impressão de que está tudo bem, mas não. A alta densidade é reflexo da perda de habitat”, explica a professora da UFRN.
Em florestas limitadas, com recursos insuficientes e cercada de pasto, a tendência é que ao longo do tempo, aquele fragmento se esvazie, em especial dos animais maiores e que precisam de mais recursos, como o guigó.
“Os pastos estão aumentando e eles estão ficando cada vez mais restritos nessas paisagens”, pontua Bianca. “E provavelmente no longo prazo, eles não vão conseguir se manter nessas altas densidades por causa da competição ou por fatores relacionados à genética dessas populações”, completa. A reprodução entre membros da mesma família (endogamia) leva ao empobrecimento da genética do grupo, o que pode deixá-los mais suscetíveis a doenças.
A doutoranda da UFRN narra um exemplo que ilustra bem o drama desse adensamento. Em um único e minúsculo fragmento, de cerca de 2 hectares – o equivalente a dois campos de futebol –, cercados por pasto e gado, viviam seis guigós. “Normalmente nos grupos são dois adultos e um filhote ou no máximo um sub adulto, mas nesse grupo havia mais adultos, provavelmente porque eles estavam confinados e não tinham para onde ir, então eles foram forçados a interagir”, detalha Bianca, que em seu doutorado irá aprofundar a análise do débito de extinção, ou seja, se é questão de tempo até que os guigós desapareçam desses fragmentos menores.
Outra localidade visitada pelos pesquisadores foi o município de Lamarão, na porção nordeste da Bahia. É de lá que saiu o guigó-da-caatinga que deu origem à descrição da espécie, em 1990. “O sistema de coordenadas geográficas naquela época não era tão refinado, então não é possível precisar exatamente onde foi coletado o animal, mas nós fomos lá e o cenário hoje é uma transformação de florestas em pastos, e até pastos abandonados, com um princípio de regeneração. Hoje não tem mais floresta, nem macaco. É a realidade da espécie”, resume Raone Beltrão, da UFS.
“A política de restauração e manutenção da floresta é a melhor solução. Além do manejo do gado para que ele não impeça a regeneração da mata. A saída é essa. Restaurar e conectar para garantir que as florestas sejam viáveis”, acredita Míriam Plaza.
Um plano para salvar o guigó-da-caatinga
O guigó-da-caatinga é uma das seis espécies alvo do Plano de Ação Nacional (PAN) dos Primatas do Nordeste.
Entre os objetivos do PAN estão manter e ampliar áreas florestadas dentro da distribuição das espécies, além de promover a conectividade de habitats e de populações dos macacos. Apesar disso, uma avaliação realizada em 2024 pelo PAN mostra que de 2018 a 2022 (período do 2º ciclo do Plano) todas as espécies, com exceção do guariba-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul), continuaram a tendência de perda de habitat. No caso do guigó-da-caatinga, a redução foi de 0,75%, o equivalente a menos 34.690 hectares de florestas disponíveis para o primata.
“A gente tem muita perda e fragmentação [de habitats] na Caatinga. E essa espécie é bastante territorialista, então para uma área comportar uma população que seja viável, precisaria ser uma área de um tamanho razoável. Então esse é um grande desafio: ter áreas em bom estado e tamanho para poder sustentar a população. E é uma espécie que praticamente não está protegida em unidades de conservação”, explica a analista ambiental do CPB/ICMBio, Mônica Montenegro, coordenadora do PAN Primatas do Nordeste.
A servidora reforça a importância de garantir a proteção e conectividade desses remanescentes com guigós e outros primatas ameaçados do nordeste. “Nós fizemos um diagnóstico das populações, áreas e propostas de conectividade. O próximo passo é, em cima desses resultados, implementar estas propostas de conectividade e apontar áreas a serem transformadas em unidades de conservação”, completa.
Atualmente há três propostas de unidades de conservação gestadas pelo CPB, em diferentes estágios processuais, dentro da distribuição do guigó. Todas na Bahia: nos municípios de Boa Vista do Tupim, Jeremoabo e na região de Gentio do Ouro. Além disso, uma mobilização iniciada pela sociedade civil pressiona pela proteção de uma área vizinha ao Parque Nacional da Chapada Diamantina, também na Bahia, conhecida como Serra da Chapadinha.
Apelo por uma nova área protegida
O limite sul do Parque Nacional da Chapada Diamantina faz fronteira com uma área conhecida como Serra da Chapadinha, onde há registros do guigó-da-caatinga e do macaco-prego-de-peito-amarelo (Sapajus xanthosternos). Para proteger a serra, pressionada por projetos de mineração, pelo desmatamento e grilagem, há uma proposta em debate para criação de uma unidade de conservação. Em junho deste ano, o Ministério Público Federal realizou uma audiência pública na região para discutir a proposta de proteção da Serra da Chapadinha, mas o processo segue em passos lentos.
A expectativa é que os dados coletados pelos pesquisadores sobre o habitat do guigó e suas preferências também possam ajudar a embasar ações de conservação, como a priorização de projetos de corredores ecológicos em paisagens onde os fragmentos são próximos o suficiente, ou entender que tipos de floresta o guigó prefere.
“Com os dados que nós coletamos sobre a qualidade do habitat dos guigós, podemos direcionar quais são as melhores áreas para investir na conservação da espécie, para que o esforço seja mais efetivo”, explica Raone, cuja pesquisa ainda está em andamento.
Outro caminho para apoiar a conservação e até mesmo conhecer melhor o guigó-da-caatinga é o próprio turismo. Enquanto a observação de aves já é um mercado consolidado – e que segue em expansão no Brasil –, a procura por outros animais ainda não tem a mesma solidez, com exceção do emblemático turismo pantaneiro em busca da onça-pintada. No caso dos primatas, os melhores exemplos são o mico-leão-dourado e o muriqui.
Quando abriu sua agência, em 2020, em Lençóis, na Chapada Diamantina, a guia e bióloga Cristine Prates apostou nesse mercado. Apesar da maior fatia da procura ser das aves, a guia também recebe turistas que querem ver o guigó-da-caatinga.
“Um dos motivos que eu escolhi abrir minha agência aqui foi justamente para tentar furar a bolha e trabalhar não só com pessoas que já são observadoras de fauna, seja de aves ou de mamíferos. Porque passam muitas pessoas por aqui o ano inteiro, para turismo de trilha, de cachoeira, trekkings longos, sempre na natureza. Então é uma forma de tentar abraçar essa galera também”, conta.
Sua primeira guiada para ver o guigó foi em 2021, para um brasileiro que já conhecia o guigó da literatura, mas queria vê-lo na natureza. Desde então, Cristine tem ajudado a divulgar o macaco e a despertar a curiosidade de cada vez mais turistas – hoje a maioria ainda são estrangeiros.
“Existe um mercado internacional de mammal watchers – os observadores de mamíferos – e a procura aqui [na Chapada Diamantina] é sempre para ver o guigó, que é um bicho ameaçado e difícil de ver em outros lugares, e os outros animais que eles veem é bônus”, explica a guia, que iniciou uma parceria com um projeto de turismo científico com outra espécie emblemática e ameaçada, o tatu-bola-do-nordeste (Tolypeutes tricinctus) para atrair mais pessoas ao passeio de observação de mamíferos.
Essa rotina de avistamentos do guigó-da-caatinga, de dar inveja a muitos primatólogos, permite que ela observe e aprenda sobre esse animal sobre o qual se sabe tão pouco. Além de mapear os grupos que estão na região de Lençóis e a quantidade de indivíduos em cada um deles, Cris vê os animais se alimentando na floresta – uma informação valiosa já que não há nenhuma informação científica sobre o que eles comem –, os filhotes e outros comportamentos.
“Não tem quase nada publicado para esse bicho, então acho que muitas das informações são novas, como itens alimentares, período dos filhotes, novos grupos. Também tenho recebido relato de moradores sobre os guigós em áreas que eu não conhecia”, detalha a guia e cientista-cidadã, que compartilha esses dados com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB/ICMBio).
Atualmente, não há quase nenhum estudo sobre a ecologia dos guigós-da-caatinga, como o período reprodutivo, intervalo de reprodução, alimentação, interações com o habitat, tampouco sobre o comportamento social dos animais. Responder essas perguntas exige pesquisas de longo prazo para acompanhar e habituar grupos na natureza, além, claro, de recursos, financeiros e humanos, e muita dedicação, explica Raone.
“Tudo que eu observo, eu anoto e compartilho com o CPB, assim como as fotos”, conta a guia Cris Prates. Fotógrafa de mão cheia, seus registros ajudam em ações e campanhas de divulgação, educação ambiental e até mesmo a ilustrar livros sobre a fauna do Brasil e da região, para que o guigó seja cada vez mais conhecido e, quem sabe assim, mais protegido.