Um caminhão tombado, frangos na estrada. Ninguém via vida, apenas comida. “Ninguém morreu?” “Não, só bicho.” As aves saltaram sobre as caixas de plástico tentando atravessar a rodovia. Morrer ou viver? Ou morrer ou morrer? Distante do matadouro, não da violência humana. Coração? Mais de 300 batidas por minuto. Pedaços de carne em movimento – uma prospectiva prosaica.
Penas voando, pessoas comemorando. “Esse é meu! Esse é meu!” Um olhar invertido num mundo distorcido. Pés amarrados com fios, mais penas no chão. Cinco frangos no mesmo porta-malas, se contorcendo. Risadas. Nenhuma luz, apenas escuridão e o som dos pneus em atrito com o chão. A chegada é celebrada – degolada.