Izolina Ribeiro
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A UIPA está solicitando audiência ao Ministério da Saúde, com o apoio do Deputado Federal Ricardo Trípoli, para a inclusão do encoleiramento em massa no programa de controle da leishmaniose visceral, atualmente baseada na eliminação da vida de milhares de cães.
Em maio de 2010, a UIPA solicitou ao Ministério Público Federal providências contra a eliminação de cães como medida de controle da leishmaniose visceral , que já se expande por todo o país, pela ausência de uma política pública preventiva e eficaz contra a infecção.
E a Portaria Interministerial nº1426, de 11 de julho de 2008, veda o tratamento da leishmaniose canina com os produtos disponíveis no mercado, o que extingue caminhos alternativos à eutanásia, de forma a instituí-la como única opção ao controle da doença.
Uma das falhas apontadas pela UIPA foi a ausência de implantação de medidas preventivas já tidas como eficazes, dentre as quais se destaca o uso da coleira Scalibor, que, impregnada com deltametrina a 4%, não só repele, mas mata o mosquito transmissor da leishmaniose, conforme demonstraram estudos realizados em vários países, incluindo o Brasil.
O encoleiramento em grande escala produziria o denominado “efeito rebanho”, que é a extensão de efeito protetor também aos não encoleirados, reduzindo-se a força de infecção pela barreira imposta pela coleira.
Tendo em vista que o poder de infectar os insetos pode persistir no animal tratado, o encoleiramento permitirá pleitear a liberação do tratamento terapêutico (a coleira evita a aproximação dos insetos; sem ser picado, o cão não transmite a infecção).
O encoleiramento em massa ainda reduz a pulverização de inseticidas, prejudiciais ao meio ambiente, além de representar gastos bem menores do que os despendidos com a censurável eliminação da vida de animais.