É comum a gente ver nas ruas e nos parques pessoas que fazem passeios com os animais. É um hábito saudável e faz bem para a saúde de quem se exercita e também para os animais. Mas é preciso ter cuidado. Nesses passeios os cachorros ficam muito expostos à ação dos carrapatos, que podem provocar doenças.
O veterinário Josenaldo Macedo explicou que esse carrapato que ataca os cachorros, aqui em Pernambuco, não transmite doenças para pessoas. Mas se não houver tratamento, o bicho corre um sério risco de morrer.
Cerca de 60% dos atendimentos nas clínicas veterinárias são por causa da doença dos carrapatos. O comerciante Alexandre Lopes faz de tudo para evitar que o bulldog francês seja vítima dos parasitas.
Mesmo assim, o cão Boris não escapou da doença do carrapato. Só ficou bom depois do tratamento veterinário. “A gente teve um gasto em torno de R$ 200, porque você paga a consulta do veterinário. Às vezes ele leva uma injeção lá mesmo, que é um valor alto e dois ou três remédios que a gente precisou comprar fora. Eu acho que é um valor bastante considerável para você gastar com um animal”, pondera.
As doenças de carrapato mais comuns são a Babesiose e a Erlichiose. São causadas por um protozoário e por uma bactéria transmitidos para a corrente sanguínea dos animais com a mordida do carrapato. Os sintomas são vários. “Geralmente são febre, apatia, falta de apetite, o animal tende a não procurar muito o tutor para brincar. Pode aparecer sintomas como dores articulares. Há cães que têm diarreia, vômito, há outros cães que desenvolvem pancreatites e outros até comprometimento renal. Diariamente a gente atende cães com doença de carrapato”, disse o veterinário Josenaldo Macedo.
Mila, uma fox paulistinha de de três anos de idade, chegou à clínica sem nenhum carrapato, mas com sintomas da doença. O exame de sangue revelou anemia e redução do número de células do sistema imunológico. Sinais comuns à Babesiose e da Erlichiose. O tratamento de um animal que pesa dez quilos fica entre R$ 200 e R$ 250.
Para evitar a doença, alguns cuidados são muito importantes. “Primeiro conversar com o médico veterinário do seu animal para receber instruções e existem vários produtos que conseguem eliminar os carrapatos. Outra coisa que se pode fazer é evitar, quando passear com o animal, o aglomerado de cães, evitar locais de terra, locais que têm muito capim, porque provavelmente vai ter muito carrapato naquele local”, acrescentou Macedo.
Assista à reportagem aqui.
Fonte: G1