Cachorro não odeia gato e vice-versa. Na realidade, as duas espécies naturalmente, não querem outro bicho metido no seu espaço, disputando poder. Além disso, a curiosidade do cão desperta quando ele vê os movimentos do felino e por isso o persegue. O bichano, que não é bobo, foge movido pelo instinto de sobrevivência.
Entretanto, esse comportamento não é regra. Os bichos podem viver pacificamente juntos. Mas isso depende bastante da forma como são educados pelos tutores. Até mesmo há casos em que a cadela amamenta e protege gatinhos órfãos. O contrário também acontece.
Os irmãos Rubens Gomes da Silva Júnior, 10 anos, e Izidora dos Santos Silva, 9, de Ribeirão Pires, sabem que a harmonia entre as espécies é possível. Na casa deles, o pitbull Levy e a pastora alemã Bete convivem sem problema com os gatos Sony e Kelly.
Os animais de Ligia, 11, e do irmão Lerrandro dos Santos de Souza, 4, também são amigos. O cão Pingo só corre atrás do gato Mimi para brincar. Segundo a menina, jamais se machucaram. Às vezes, os bichos até descansam juntinhos. “Mimi é o mais mandão. Entra de intrometido na casa do Pingo e come a comida dele. O cachorro não faz nada”, diz Ligia.
Contato ocorre aos poucos
A chegada de outro animal na casa nem sempre é bem recebida pelo bicho que está há mais tempo. Por isso, a aproximação entre ambos deve ser feita aos poucos e com bastante segurança, principalmente se forem de espécies diferentes.
No caso do cão e do gato, a dica dos especialistas é oferecer petiscos e brinquedos no momento em que são colocados juntos; dessa forma, associam a presença do outro a coisas boas.
Cães e gatos aprendem lição valiosa: não precisam se odiar, o que importa é o respeito que um deve ter pelo outro. Seria bom se todos os seres humanos descobrissem o mesmo.
Fonte: Diário do Grande ABC