Por Robson Fernando (da Redação)
Muitas pessoas estão tão fissuradas com a Copa do Mundo que passaram a interferir na natureza de quem não tem absolutamente nada a ver com as emoções futebolísticas humanas: os animais domésticos.
Chegam ao ponto de gastar entre 40 e 60 reais para pintar o pelo de um cão, que nada tem a ver com a torcida brasileira – pelo contrário, muitos cães sofrerão bastante com os fogos de artifício e as gritarias da família torcedora dentro de casa a cada gol.
Uma atitude inconsciente que retrata como os cães são tratados por alguns tutores: como brinquedos, como objetos que podem ser pintados e decorados ao bel-prazer deles. Um ato especista que se torna mais evidente quando nos perguntamos: será que essas pessoas pintariam também a pele de seus filhos pequenos, para deixá-los “prontos para a Copa”?
A atitude de mandar pintar os pelos de seus cães é absurda não só por inserir involuntariamente na “torcida” quem nada tem que ver com futebol e por transformá-los em ornamentos vivos, mas também pelo efeito orgânico adverso: a tinta libera um aroma que, ao entrar em contato com a pele, confunde temporariamente o faro dos cães, o que gera crise de identidade nos animais, que podem estranhar outros cães da casa: um cão sem a tinta poderá estranhar pelo fato outro cão que foi pintado, além de que o faro do cão pintado ficará temporariamente perturbado.