Quem tem cachorro não costuma se preocupar com um detalhe importante: a segurança ao transportá-los no carro.
Todos os dias, Claudete Cordeiro cumpre uma missão: levar o labrador Draco para passear. Ele vai quietinho no banco de trás. Mas nem sempre foi assim: “ele já foi bem terrível, mas hoje, com onze anos, ele é bem obediente”, comenta.
Com Draco no carro, Claudete admite que se distrai no volante: “se ele está muito quieto, quero mexer para ver se ele está bem, então fico mais atenta a ele, e tira um pouco da atenção.”
A rotina deles é cercada de cuidados. Os cães são cada vez mais tratados como filhos, mas quando o assunto é o transporte desses integrantes da família, os tutores costumam dar mais atenção ao conforto do que à segurança deles.
Alguns podem tudo. Tomar vento na cara, ir de carona no banco da frente, em grupo, soltos no carro. E até na garupa da moto, com direito a capacete.
“Toda vez que eu saio ele quer ir junto. Aí, de vez em quando para matar a vontade dele eu vou e dou uma voltinha com ele”, conta.
De acordo com o Código de Transito Brasileiro, é proibido transportar animal na parte externa de qualquer veículo. O motorista também não pode levar animais no colo nem à sua esquerda. O código também prevê punição se o animal tiver solto dentro do carro.
Poucos têm noção deste perigo. Marcos conta que o cachorro vai no colo, mas afirma: “acho que não, falta um pouco de acessórios para dar um pouco mais de segurança aos cachorros.”
A lei sugere transportar animais em caixas, ou em cintos especiais de segurança. Nas lojas eles vendem bem. Mas acabam não sendo usados.
“Acaba não usando, por falta de hábito. Eles precisam ter essa força de hábito para usar o cinto de segurança ou a caixa de transporte”, diz ele.
Camila já se habituou. Na volta do parque, não se intimida com o protesto de Eliza e prende a cachorra num cinto com coleira peitoral. “Numa freada brusca, não tem perigo dela sair voando do carro, não atacar pessoas, porque ela é um pouco brava. É uma segurança boa para cachorro, para gente”, afirma Camila Dotta.
Fonte: Jornal Nacional