Estudo do japonês descobriu que ter um cachorro pode reduzir o risco de demência em idosos. Publicado no Preventive Medicine Reports, descobriu que tutores com mais de 65 anos têm 40% menos probabilidade de desenvolver demência.
Pessoas com demência experimentam deterioração na memória, pensamento, comportamento e na capacidade de realizar atividades cotidianas. O Alzheimer é a causa mais comum de demência.
“Ter um cachorro efetivamente exige que as pessoas adquiram o hábito de atividade física e isso torna muito mais provável que eles tenham interações e socializem com outras pessoas”, disse Yu Taniguchi, autor principal do estudo e pesquisador no Instituto Nacional de Estudos Ambientais, ao The Telegraph.
Atualmente, mais de 55 milhões de pessoas têm demência em todo o mundo, mais de 60% das quais vivem em países de baixa e média renda. A cada ano, há quase 10 milhões de novos casos, e o número de pessoas vivendo com demência deve aumentar para 153 milhões até 2050, de acordo com um relatório da Lancet.
O estudo foi conduzido pelo Instituto Metropolitano de Geriatria e Gerontologia de Tóquio ao longo de quatro anos. Durante esse período, eles monitoraram 11.194 residentes japoneses com idades entre 65 e 84 anos, compreendendo aproximadamente 10% da população idosa da região de Ota, em Tóquio. A idade média dos participantes era de 74,2 anos e 51,5% eram mulheres.
Os pesquisadores levaram em consideração uma variedade de fatores, incluindo gênero, estado civil, educação, renda, emprego, histórico de doenças crônicas, duração do sono, status de tabagismo e hábitos de exercício. Eles compararam a saúde cerebral dos participantes, categorizando-os em tutores de cachorros, ex-tutores e aqueles que nunca tiveram um cachorro.
“O ato de passear com o cachorro também foi implicado como um meio de aumentar as oportunidades de interação social e melhorar a saúde psicológica para adultos mais velhos, sugerindo que passear com o cachorro pode contribuir para a participação social”, escreveram os pesquisadores.
Os cientistas também examinaram as conexões entre gatos e o início da demência, mas descobriu que essa realidade não se aplica aos tutores deles, exatamente porque não saem para passear, logo, não há interações sociais.
Os tutores de cachorros também relataram melhor bem-estar do que aqueles sem animais domésticos durante a pandemia do corona vírus. Estudos anteriores de Taniguchi e colegas revelaram que adultos mais velhos que possuíam cães, gatos ou ambos tinham menor risco de fragilidade.