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ALÍVIO

Tutora reencontra gatinho desaparecido há dois anos e descobre que ele sofria maus-tratos

22 de março de 2022
Thayanne Magalhães l Redação ANDA
3 min. de leitura
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Gato foi encontrado em Marília (SP) com corda amarrada no pescoço (Foto: Gabriel Fernando Francisco/Arquivo pessoal)

A tutora de um gatinho que estava desaparecido há dois anos reencontrou o animal e descobriu que ele era vítima de maus-tratos no interior de São Paulo. O caso ocorreu no dia 14 de março, quando o gato foi resgatado por uma ONG de proteção animal. Ele foi encontrado em Marília, a pouco mais de 35 quilômetros de Garça, cidade onde vive a tutora.

O resgate só foi possível após uma denúncia anônima recebida pela ONG, que se deslocou até o local e encontrou o gatinho amarrado em um quartinho no fundo de um imóvel, com uma corda no pescoço e sem qualquer tipo de proteção e alimentação adequada, em meio a muito lixo.

“Ele estava desnutrido, magro e faminto. É bem triste ver o estado que o encontramos. É difícil ver um gato amarrado do jeito que ele estava”, conta Gabriel Fernando, um dos membros da ONG responsável pelo resgate.

O dono do imóvel foi questionado sobre a situação em que o animal estava e informou à equipe que ele era bravo e, por isso, ficava amarrado. Relatou também que estava passando por problemas financeiros e mentais.

Por conta da situação precária do proprietário, o caso foi registrado como não criminal, ficando determinado que não houve, por parte dele, intenção em praticar os maus-tratos.

Reencontro

Após ser levado à ONG, o gato logo gerou comoção pela maneira como chegou. Em meio aos tratamentos necessários, o animal virou um xodó nas redes sociais, despertando a atenção dos curiosos e interessados na adoção. Entre eles, o genro de Solidee Lodovici, tutora do animal.

“Eu nem acreditava mais que iria encontrar nosso gato. Tínhamos perdido as esperanças, pois ele nos fez muita falta. A gente pensa no pior, ainda mais depois de tanto tempo. Quando o Alan [genro] chegou em casa falando que tinha encontrado, eu não acreditei no início, mas, depois que vi as fotos, logo tive certeza que era ele”, conta Solidee.

Logo após o “reencontro virtual”, Solidee e Alan entraram em contato com a ONG de Marília para marcar de encontrar o gatinho pessoalmente. Segundo Solidee, a princípio, os membros da ONG não pareciam muitos convencidos de que uma mulher de Garça seria a verdadeira tutora de um animal encontrado em Marília.

“O pessoal naturalmente desconfiou. Como um gato de Garça teria chegado em Marília? Mas na nossa rua passa muito caminhão, às vezes ele deve ter entrado em um desses e acabou sendo levado para lá. Mostrei as fotos antigas e a semelhança era enorme. Além disso, ele estava muito arisco, mas, quando chegou aqui e me viu, logo acalmou. Sentiu meu cheiro, deu cabeçada, aí o pessoal não teve mais dúvidas”, explica Solidee.

Com o reencontro, o gato pôde recuperar não apenas o lar, mas também o nome. Voltou a ser chamado carinhosamente de Amarelinho, nome dado em virtude da pelagem amarela. O próximo passo, segundo Solidee, é a adaptação em casa, que vem sendo complicada. Como ela é tutora de outros três gatos e quatro cachorros, Amarelinho ainda sente os traumas dos maus-tratos.

“A readaptação está sendo difícil, mas tudo no tempo certo. Ele ainda está psicologicamente muito afetado, é de partir o coração. Agora me pergunto: para que fazer isso com um animal? Mas estamos felizes por tê-lo de volta ao lar. Já engordou um pouco, está se adaptando. Nada que com muito amor não se resolva, amamos ele muito”, completa Solidee.

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