Viviane Madeira
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No dia 20/11, meu bullmastiff de 10 meses seguiu viagem com um handler contratado (senhor Álvaro Binotto, proprietário do canil Borda do Campo) até São Paulo para participar de uma exposição nos dias 21 e 22/11.
No dia 22/11, por volta das 20h, recebi uma mensagem de texto avisando que meu cão havia morrido de causas “naturais” e, imediatamente, telefonei desesperada em busca de informações e esclarecimentos, bem como para pedir que o corpo fosse trazido de volta à Curitiba para uma necropsia.
O handler, no entanto, covardemente desligou o telefone, deixando-me horas e horas sem notícia alguma. Durante a madrugada, finalmente consegui falar com o handler e pedi o corpo, mas não fui atendida.
Começou então uma longa teia de mentiras sem pé nem cabeça sobre a causa e o dia exatos da morte e sobre o paradeiro do corpo. Pessoas que estavam na exposição não viram meu cão entrar em pista no sábado, e o handler alega que ele amanheceu morto no domingo. Por que então não entrou em pista, se estava bem até domingo? Também me informaram que, nesta exposição, nenhum cão morreu.
O handler afirmou que pediu para um veterinário de Bragança Paulista (SP) buscar o corpo para uma necropsia, mas que o veterinário resolveu deixar o corpo do meu cão num pedágio entre São Paulo e Bragança. Segundo eles, 4 horas após a morte seria impossível uma necropsia. Mentira!!! Não existe este prazo de 4 horas. Indaguei em seguida o porquê de ele não haver chamado o veterinário responsável da exposição e o porquê de Bragança Paulista (a 200 km de lá), já que o corpo poderia ter sido armazenado, até que eu fosse buscá-lo, num freezer em uma das milhares de clínicas existentes em São Paulo. No entanto, as respostas eram sempre diferentes e nada fazia sentido.
Por fim, depois de inúmeras versões, ele assumiu que não chamou veterinário algum e que não me avisou no dia porque o cão já estava morto “mesmo”.
Tentei por vários dias reaver, sem sucesso, o corpo do meu cão supostamente morto, para descobrir, por meio de necropsia, a causa mortis. O handler afirma que eu nao tenho esse direito, recusando-se a me devolver o corpo. Já acionei, há vários dias, minha advogada e dei queixa na polícia para reaver o meu cão, vivo ou morto. No dia 01/12, a polícia me avisou que ele traria o corpo até sexta (04/12), mas até hoje, nada!
Nesta segunda (14), em novo depoimento, ele mudou mais uma vez sua versão, dizendo que “na verdade” o cão amanheceu morto no sábado e que ele resolveu seguir apresentando outros cães até o fim do dia. Depois disso, teria ido visitar dois amigos em Bragança Paulista, levando o corpo do meu cão. Como os dois amigos disseram que após 4 horas não poderia ser feita necropsia, ele resolveu jogar fora o corpo do meu cão. No domingo, seguiu participando da exposição e apenas no domingo à noite me avisou por mensagem de celular, desligando-o em seguida.
Que tipo de profissional é este, que se recusa a devolver o corpo de um cão à sua tutora? E que tipo de profissional é este, que se desfaz de um corpo sem o conhecimento ou autorização da tutora? Que tipo de profissional é este, que dá uma notícia dessas por mensagem de celular e o desliga em seguida?
Que tipo de profissional é este, com tão pouco respeito pela vida?
Covarde! É revoltante! Revoltante!
Não descansarei enquanto não tiver o Thor comigo, vivo ou morto, e este handler criminoso não for punido.
Qualquer informação sobre o paradeiro do meu cão será bem-vinda. No dia 12/12 ele completou 11 meses. A foto acima foi tirada 3 dias antes do seu desaparecimento.
O cão atende pelo nome de Thor, morava comigo e é muito amado. O único motivo de ter participado de algumas exposições foi o pedido da criadora que o vendeu, expressando o desejo de que ele pelo menos fechasse os campeonatos. Em 10 meses, ele havia ido a apenas 2 outras exposições, antes dessa em que supostamente morreu.
Ofereço recompensa no valor de 3 mil reais a quem puder me dizer o paradeiro do meu cachorro.
Obrigada,
Viviane Madeira