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Tutora denuncia homem por matar cachorro com golpes de foice na PB

27 de julho de 2018
3 min. de leitura
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Maria Zélia Fernandes de Araújo, de 63 anos, denunciou à Polícia Civil um vizinho pela morte de um cachorro tutelado por ela. De acordo com a tutora, o homem, que não teve a identidade revelada, desferiu golpes de foice contra o cão. O caso aconteceu na cidade de Uiraúna, na Paraíba.

O cachorro foi socorrido e, após ser levado a uma clínica veterinária, foi submetido a uma cirurgia. Mas, apesar dos esforços, ele não sobreviveu.

(Foto: Maria Zelia / Arquivo Pessoal)

“Ele (o suspeito) estava em um roçado na frente da minha casa e quando saiu o meu cachorro começou a latir. Ele deu dois golpes de foice no meu bichinho. Eu ainda gritei para ele parar, mas ele continuou e deu outro golpe”, denunciou a tutora de Rubico, como era chamado o cão de porte pequeno.

A tutora procurou a Polícia Militar, que iniciou as buscas pelo agressor. O homem foi encontrado a caminho de casa ainda com a foice na mão. Levado à delegacia, ele prestou depoimento, mas, devido à falta de rigor da legislação que pune maus-tratos, foi liberado.

Maria Zélia diz que o homem era próximo à família dela. “Eu já tinha chamado ele várias vezes para poder as árvores da minha casa. Inclusive, ele tinha contato com o animal. Meu Rubico nunca mordeu ninguém”, lamentou a tutora, que denunciou ainda o fato de não ter conseguido uma cópia do boletim de ocorrência, o que é direito de qualquer pessoa após o registro de uma ocorrência. As informações são do portal G1.

(Foto: Reprodução / Facebook / Apaz Uirauna)

De acordo com Maria Zélia, após o boletim ser feito, ela solicitou uma cópia do documento, mas recebeu do escrivão a informação de que teria que buscá-lo no dia seguinte, pois o delegado precisaria assinar o boletim. A mulher conta ter retornado à delegacia na data combinada, mas, segundo ela, ao se encontrar com o delegado, a autoridade policial se recusou a entregar a vida dela do documento.

“Ele (o delegado) disse que não era crime e que o rapaz (suspeito) tinha agido em legítima defesa, mas meu cachorro não atacou ele. O delegado disse que iria entregar o inquérito ao Ministério Público e disse pra eu ir pra casa”, contou. Danillo Charbel é o delegado responsável pelo caso.

Entidade lamenta morte de cão

A Associação de Protetores de Animais (Apaz) de Uiraúna publicou uma nota em rede social por meio da qual demonstrou repúdio à agressão brutal cometida contra o animal, que lhe custou a vida.

(Foto: Reprodução / Facebook / Apaz Uirauna)

“Meu Deus, até onde vai a crueldade ‘humana’? Por quê tanta maldade, falta de amor ao próximo. Vejam o que esse monstro visto como “ser humano” fez com esse inocente, por motivos banais, simplesmente o matou com dois golpes de foice do pescoço e na cabeça por causa que o cachorrinho por extinto [sic] latiu para ele, tudo isso diante se sua dona que aos gritos implorava para que ele não fizesse isso com o seu animalzinho tão amados por todos!
Por favor compartilhem amigos, para que a justiça seja feita, pois a família está lutando na justiça para que esse crime não fique impune cometido por esse monstro aqui da cidade de Uiraúna-PB, que tem como profissão cortar as plantas da cidade…. Que a justiça seja feita para que pessoas como esse Mostro [sic] não cometam mas crimes contra inocentes”, escreveu a associação. 

Socorro Abrantes, presidente da entidade, afirmou que está prestando assistência à tutora do animal para exigir que providências sejam tomadas e o responsável pelo crime seja punido.

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