Jamille Avelino
[email protected]
A leitora da ANDA Jamille Avelino procurou a redação para contar um pouco sobre a história de adoção dos seus dois cães sem raça definida, Mel e Bruce. O objetivo é inspirar e estimular que mais pessoas adotem animais que precisam e que não gastem dinheiro financiando a venda de seres sencientes como produtos.
A mãe da empresária Jamille mostrou à filha a intenção de comprar um cão da raça maltês. Contudo, Jamille explicou à mãe sobre a importância da adoção de animais em situação de rua. “Expliquei que se ela adotasse, estaria ajudando a tirar um animal da rua, seria de graça e que este cãozinho traria a mesma alegria e com algumas vantagens por não ter raça definida, já que estes animais geralmente apresentam menos riscos de desenvolver doenças genéticas do que os cães de raça”, explica.
Um tempo depois da conversa entre mãe e filha, Jamille não acreditava que a mãe tivesse se convencido sobre os benefícios da adoção, mas foi surpreendida. “Minha mãe foi comprar itens para a casa quando se deparou com uma feira de adoção de cães. Por acaso seu coração foi tocado quando viu um cão de cor caramelo com idade aproximada de 1 ano. Ela decidiu que levaria ele. No entanto, quando voltou das compras, o cão já havia sido adotado por outra pessoa”, lamenta.
Ela achou que o acontecimento faria que a mãe desistisse da ideia de adotar, mas ela disse que aquele cãozinho tinha um irmão que não estava na feira. A empresária, então, contatou a organização da feira e, no dia seguinte, elas adotaram o Bruce: um cão muito tímido, quieto e medroso, por conta de um passado de maus-tratos.
“Ele literalmente não se mexia. Ninguém da casa simpatizou com ele por conta disso, mas eu não desisti. Depois de boas doses de carinho, atenção, conversa, paciência e dedicação, consegui ver melhoras no comportamento dele comigo, pois comecei a ganhar a confiança dele. Em 3 dias, minha mãe já tinha desistido e queria devolvê-lo”, afirma a leitora.
Mas Jamille não desistiu e convenceu a mãe de que o cãozinho assustado e recluso melhoraria seu temperamento se adotassem outro animal. “Com 15 dias que o Bruce estava com a gente, adotamos a Mel, de aproximadamente 1 ano, para ajudar o Bruce a perder seus medos, se sentir menos sozinho e aprender novos comportamentos. No primeiro dia da Mel em casa, o Bruce começou a beber água, porque viu ela beber, ficou mais próximo das pessoas da casa disputando por atenção e também mostrou estar muito feliz por ter companhia. Passeou com mais vitalidade e começou a dar menos importância aos barulhos ao redor que o assustava. Três dias depois e ele já é outro cachorro. Cada dia ele se mostra mais agradecido a todo amor, carinho e dedicação que dedicamos a ele. E isso não tem preço. Ele se sente protegido em casa e demonstra muito amor por todos que se dedicam a ele”, conta.
A cadelinha Mel é mestiça de labrador e por isso levou muita energia para a casa de Jamille. “Se puder, ela quer dar a volta ao mundo. Estou aproveitando essa energia para fazer caminhadas com ela e voltar a fazer exercícios. Desde que virei empresária engordei 30kg e a Mel está sendo minha personal trainer”, diz.