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Tutor que deixava cavalos passando sede e fome responderá por crime de maus-tratos, em São Bernardo (SP)

3 de fevereiro de 2012
2 min. de leitura
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Cavalos passam sede e fome (Foto: Reprodução)

A Polícia Ambiental do Grande ABC  levará hoje o tutor de 15 cavalos que estão sofrendo maus-tratosna Estrada Velha de Santos, em São Bernardo (SP), para registrar boletim de ocorrência de maus-tratos. Em 2010, Roque Dutra, 57 anos, foi multado em R$ 8.000 por manter o estábulo em área de manancial. Agora deverá responder criminalmente em relação aos animais. O BO será feito na Delegacia de Meio Ambiente e Relações de Consumo de São Bernardo.

A comandante da Polícia Ambiental, tenente Paola Mele, explicou que será necessário laudo veterinário que comprove os maus-tratos, que pode ser expedido pelo Centro de Controle de Zoonoses da cidade. Com o laudo, é possível remover os cavalos do terreno. “Por enquanto eles não podem ser adotados, mas podem ficar sob a guarda de um fiel depositário até que tramite o processo contra o tutor dos animais.”

A entidade PEA (Projeto Esperança Animal) se dispôs a abrigar os equinos, mas busca parceiros para transportá-los. “Se tivéssemos de pagar, ficaria em cerca de R$ 5.000 para levar os 15 cavalos até um haras em Francisco Morato, é inviável”, explicou o diretor da ONG, Carlos Rosolen.

Não é a primeira vez que Dutra tem problemas com a lei. Há cerca de uma semana ele foi preso por porte ilegal de arma após vistoria da Polícia Ambiental, segundo a tenente. “Ele ficou uma semana detido e foi liberado.”

O crime de maus-tratos no qual Dutra será enquadrado prevê multa e prisão.

Mobilização

Na rede social Facebook, a história dos cavalos ganhou proporções enormes. Centenas de pessoas manifestaram interesse em ajudar os animais após a publicação de reportagem pelo Diário. Grupos chegaram a levar feno para os animais no fim de semana.

Segundo informações de donos de haras da região, manter um cavalo em baia custa cerca de R$ 1.000 mensais. Se ele estiver em pasto, a manutenção do animal é de, em média, R$ 500 por mês.

Fonte: Diário do Grande ABC

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