EnglishEspañolPortuguês

SUPERAÇÃO DE TRAUMAS

Tutor leva cadelinha cega nos ombros em viagem de mais de 1.000 km para que ela ganhe mais confiança

16 de maio de 2022
Bruna Araújo | Redação ANDA
5 min. de leitura
A-
A+
Foto: Reprodução | Instagram | @nomadic_nuance

A cadelinha de oito anos Katana é a melhor amiga do seu tutor, Kyle Rohrig, e, desde filhote, o acompanha em diversas viagens e aventuras. Recentemente, após desenvolver um grau avançado de glaucoma, ela precisou ser submetida a uma cirurgia, mas acabou perdendo a visão. Kyle não queria que a vida da cachorrinha mudasse e ela perdesse toda a autoconfiança que sempre teve e decidiu marcar uma longa trilha, de 1.100 km, para que eles superassem, juntos, essa mudança brusca na vida de Katana.

A cachorra já era experiente em desbravar a natureza e novos habitats e precisou usar todos os seus instintos, demonstrando perseverança e muita coragem. Kyle estava ao lado dela durante todo o tempo e na regiões mais perigosas, ele a carregou nos ombros. Ele lembra que ela sempre foi muito agitada e depois de perder a visão, teve a autoestima abalada. “No começo, quando ela perdeu a visão, ela era muito cautelosa e tímida. Tinha medo de fazer qualquer coisa”, disse.

Foto: Reprodução | Instagram | @nomadic_nuance

Ele espera que a longa trilha a ajude a recuperar a confiança em si mesma e mostrar que a relação entre eles não mudará. Eles continuarão a ser parceiros para todas as horas. O tutor foi aconselhado pelos veterinários a deixar a cadela a maior parte do tempo em casa e realizar alterações, pois, além de cega, ela já está se aproximando da velhice, mas Kyle acha que a vida dos cães é muito curta e ele quer que ela a desfrute profundamente.

Muito responsável, ele esperou Katana se recuperar completamente e se certificou de comprar guias e equipamentos de segurança para a viagem. Ele acha sentiu que ela teve um pouco de dificuldades no início da jornada, mas se acostumou com os cheiros e ficava muita calma com o ar da noite, o orvalho e quando sentia os primeiros raios de sol em seu pelo. Kyle podia sentir que a cachorra estava entrando em contato com seus instintos mais profundos.

Foto: Reprodução | Instagram | @nomadic_nuance

Eles atravessaram pântanos, terrenos lamacentos, riachos, florestas e encontraram muitos animais silvestres, como esquilos, veados e cobras. Apesar da cachorrinha passar a maior parte do tempo no colo, Kyle a fazia andar pelo menos 2 km por dia a pé, para que ela tivesse mais autonomia e autoestima. Ao todo, Katana andou 200 km sozinha e foi transportada pelos outros 900 km. No fim da trilha, a cadelinha já nem parecia se lembrar de ser cega.

“Foi emocionante vê-la se sair tão bem. Não só revivemos nossa trajetória nostálgica, mas a vi renascer. Ela não está apenas aprendendo a lidar com essa nova rotina, ela está prosperando. Ela continuará crescendo e brilhando onde quer que vá. Eu já penso em muitas aventuras futuras. Vamos continuar fazendo trilhas e viagens até o último dia da vida de Katana. Estamos realmente vivendo um sonho”, finalizou Kyle.

Foto: Reprodução | Instagram | @nomadic_nuance

    Você viu?

    Ir para o topo