Recentemente, um homem que mantinha uma jiboia em seu apartamento enfrentou consequências legais após deixar o animal cair do oitavo andar do prédio. Esse incidente não é apenas um triste reflexo da irresponsabilidade de um tutor, é uma afronta ao bem estar dos animais silvestres.
A Delegacia de Proteção Animal e Meio Ambiente (Depama) agiu rapidamente, levando a jiboia para cuidados veterinários e, posteriormente, para um abrigo. Essa intervenção é essencial, mas é alarmante que um animal silvestre tenha sido forçado a viver em um espaço tão restrito e inóspito. Jiboias são criaturas que, em seu habitat natural, se movem livremente, exploram seu ambiente e tem papéis ecológicos cruciais. Mantê-las em um apartamento não só fere seus direitos, mas também compromete seu bem-estar.
O delegado Flávio Albuquerque destacou que, apesar de o tutor ter licença para criar o animal, a evidente falta de cuidado expôs tanto a jiboia quanto a comunidade a riscos. Isso levanta a questão: como é possível considerar aceitável a tutela de um animal silvestre em um espaço urbano tão limitado? É fundamental, urgente e absolutamente necessário que as leis sejam modificadas e que o Judiciário reavalie a concessão de licenças para a tutela de animais que não pertencem ao ambiente doméstico. O cancelamento da autorização e a proibição de que novos tutores criem animais como esta jiboia são medidas necessárias para garantir que esse tipo de situação não se repita.
A Polícia Civil de Sergipe já disponibiliza um canal para denúncias de maus-tratos aos animais, mas é fundamental que a sociedade como um todo se una para condenar a tutela inadequada de animais silvestres.
Ao considerarmos os direitos dos animais, devemos exigir mudanças que garantam que todos recebam o respeito e a proteção que merecem. É nossa responsabilidade lutar por um mundo onde os animais possam viver de acordo com sua natureza e em segurança.