Quem tutelar cães na Grã-Bretanha vai ter que arrumar um excelente adestrador. O governo estuda a condenação à prisão perpétua do tutor, se o cão morder uma pessoa e esta vir a morrer. A história ainda não virou lei, mas está aberta a consulta pública e provoca muita discussão.
Atualmente, quando um cão morde uma pessoa na Inglaterra ou País de Gales, e caso ela venha a morrer, o tutor do animal paga uma multa e pode ser condenado a até dois anos de prisão.
O governo britânico acha a pena branda demais. Por isso, cogita impor a sentença de prisão perpétua em caso de morte ou uma pena de 10 anos de cadeia para os tutores dos animais que machucarem alguém .
Entre os que mais defendem a lei rigorosa está o sindicato dos Trabalhadores de Comunicação, que representa os carteiros e os funcionários das empresas de telefonia, vítimas de cinco mil ataques por ano.
Na Grã-Bretanha ainda é proibido tutelar algumas raças de cachorro: Pitbull Terrier, Tosa Japonês, Dogo Argentino e Fila Brasileiro. Cabe a cada cidade definir algumas regras de segurança como, por exemplo, banir cães nos playgrounds públicos.
Fonte: G1
Nota da Redação: Não há qualquer pesquisa científica que comprove instintos violentos em determinadas raças de cães e, através da ignorância e preconceito, vemos grandes tragédias ocorrendo em diversas partes do mundo. Animais assassinados brutalmente pelo fato de serem pit bulls ou outros cães de raças grandes já se tornou corriqueiro. O crime não está no animal, mas sim na maneira como ele é tutelado. A lei servirá, ao menos, para que tutores se atentem a seus animais e cuidem deles, respeitando suas personalidades e dando-lhes atenção, amor, cuidado e proteção, responsabilizando-se pelo verdadeiro crime: a negligência.