Autoridades da Flórida, nos Estados Unidos, anunciaram ontem (15/10) a identificação e a prisão do homem que deixou seu cachorro amarrado a uma cerca antes da chegada do furacão Milton. Giovanny Aldama Garcia foi detido na segunda-feira (14/10).
Garcia, de 23 anos, foi preso por crueldade agravada contra animais. De acordo com registros de prisão online revisados pelo The Guardian, ele foi libertado na terça-feira após pagar uma fiança de 2.500 dólares. Ainda não se tem uma data certa para a audiência.
O gabinete de Suzy Lopez, promotora do estado que atua no 13º circuito judicial em Tampa e está supervisionando este caso, disse em um comunicado de imprensa que Garcia contou aos investigadores que estava dirigindo para o estado da Geórgia para escapar do furacão, mas deixou seu cachorro na beira da estrada porque não conseguiu encontrar ninguém que o acolhesse.
Mais tarde, o cachorro apelidado de Trooper foi resgatado quando que um patrulheiro estadual, Orlando Morales, recebeu uma denúncia de um motorista. Quando foi encontrado, a água já havia subido até o pescoço de Trooper.
Dois dias depois do incidente, Garcia foi a um abrigo de animais local para recuperar o cachorro, levando fotos como prova, mas o cachorro estava em um abrigo diferente. O homem disse que abriria mão “se o atual cuidador temporário cuidar bem e amar o cachorro” e preencheu a documentação necessária para desistir de Trooper, conforme consta no depoimento divulgado pela ABC News.
“No condado de Hillsborough, levamos muito a sério a crueldade contra animais”, disse Lopez. “Este réu foi acusado de um crime grave e pode pegar até cinco anos de prisão por suas ações. Francamente, eu acho que isso não é suficiente. Esperamos que os legisladores analisem este caso e discutam a alteração da lei para permitir penalidades mais severas para pessoas que abandonam seus animais durante um estado de emergência.”
A promotora também agradeceu a Morales. “Ele é um amante dos animais e pai de um cachorro resgatado. Obrigado por sua dedicação a todos os nossos residentes – incluindo os de quatro patas.”