A morte de um cavalo em um incêndio no Jardim Campestre 1, zona rural de Pilar do Sul (SP), revoltou o autônomo Moacir Donizete Antunes Proença, dontutor do animal. Para o morador, o incêndio na baia onde o cavalo ficava, em uma área verde do bairro, foi criminoso. “Deve ser criminoso porque um fogo não começa assim tão rápido na proporção que começou. Às 6h testemunhas passaram pelo local e não tinha nada. Já às 6h15, quando meu filho foi para tratar do animal, já estava totalmente tomado pelo fogo”, comenta.
A área onde o animal era mantido fica ao lado da casa da família. Proença afirma que o cavalo era do filho e que vivia no local há mais de um ano. O cavalo recebia todos os cuidados. A baia construída para abrigar o cavalo foi destruída pelas chamas.
O morador registrou um boletim de ocorrência na delegacia. A Polícia Civil investiga o caso. A Polícia Científica foi até o local e o laudo que deve apontar se o incêndio foi ou não criminoso deve ficar pronto até setembro.
A área verde do bairro é grande e muitos moradores aproveitam para criar animais, mas depois do incêndio os tutores ficaram inseguros e estão com medo de deixar os animais soltos no local.
O coordenador de segurança Antônio Fernandes Carvalho tem uma égua que cuida há cinco anos. O animal é usado para passeios, como as cavalgadas realizadas rotineiramente na região. Ele afirma que agora está mais atento e sempre que vem olhar o local. “Durante a noite a gente sempre vem olhar. A qualquer barulho, também corremos para dar uma olhada. Estou até mesmo deixando ela mais solta agora. Infelizmente temos que ficar em cima”, comenta.
A fundadora da associação protetora dos animais de Pilar do Sul, Sueli Cano maita, alerta os tutores de animais. A recomendação é que os guardiões tomem alguns cuidados para evitar que os animais sejam alvo de vandalismo.
“Principalmente quem tem animal de grande porte como cavalos e bois. O ideal é manter esse animal em uma área cercada. O que acontece? Muitas pessoas vão até o animal pela manhã para alimentá-lo e só voltam no fim do dia para recolher para alguma baia. Algumas vezes, nem voltam. O animal fica mais de 24horas sem receber atenção. Isso é perigoso porque a gente não sabe o que pode acontecer. Para quem tem animal de pequeno porte, os mesmos cuidados: evite deixar esse animal sair para rua”, ressalta.
Fonte: G1