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Turistas escolhem leões para matar em catálogos de safáris sul-africanos

12 de agosto de 2015
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Divulgação
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Milhares de pessoas ao redor do mundo ficaram chocadas com a morte do leão Cecil, símbolo do Zimbabue, caçado por um dentista norte-americano. Apesar da crueldade do caso, uma reportagem feita pelo “Daily Mail” diz que esse “prêmio” vai para os leões e tigres mantidos prisioneiros na África do Sul para virarem troféus de caça.
Investigações de uma organização chamada “Blood Lions”, revelam que alguns safáris sul-africanos têm até mesmo catálogos para caçadores escolherem qual animal querem matar. O preço fica entre US$ 5.400 (cerca de R$ 19 mil) e US$ 48 mil (cerca de R$ 168 mil), dependendo do tamanho do “objeto” escolhido.
De acordo com a campanha que luta para conscientizar as pessoas antes de visitarem ou até mesmo caçarem através dessas fazendas de animais, cerca de 8 mil espécies são mantidas em cativeiro, entre essas, 7 mil são leões.
A África do Sul é um destino conhecido por atrair turistas ricos para caça. Segundo o ativista pelos direitos animais, Ian Michler, existem cerca de 200 fazendas que deixam os animais em confinamento, sob pretexto de preservação, para depois soltá-los, de forma que possam ser rastreados pelos caçadores.
“Nós estamos criando leões, como fazemos com galinhas”, disse Chris Mercer, que preside a Campanha contra a Caça Enlatada. Segundo o site da campanha, “o objetivo é trazer um fim à caça enlatada e a criação de exploração de leões e outros predadores em fazendas em toda a África do Sul”.
Os dois ativistas estão por trás do documentário “Blood Lions” e se dizem ultrajados com o modo como os animais são tratados, geralmente em nome da “preservação”, dizem.
“Alguns desse lugares são simplesmente apavorantes. A maioria deles não é aberto ao público”, contou Michler. “Você pode imaginar, 120 leões confinados em um espaço pequeno. Tigres e leões numa pequena jaula de 10 metros?”, questionou. “E os custos para manter um leão são gigantes, então se o guardião não puder chamar um veterinário, não vai chamá-lo”, completou.
Opiniões se dividem a respeito de até que ponto essa conservação está ajudando os leões. Enquanto isso, caçadores afirmam que as pessoas estão tentando humanizar os animais
Fonte: Último Segundo

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