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ESTUDO

Tufão Gaemi, que matou mais de 100 na Ásia, foi intensificado pelas mudanças climáticas

Mudanças climáticas fizeram velocidades dos ventos de Gaemi serem 14 km/h mais rápidas e chuvas do tufão até 14% mais intensas, mostram pesquisadores da WWA.

3 de setembro de 2024
Redação ClimaInfo
2 min. de leitura
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Foto: WWA

Gaemi, um tufão devastador que passou pelo leste asiático no mês passado foi significativamente agravado pelas mudanças climáticas, cuja principal causa é a queima de combustíveis fósseis. É o que destaca um novo estudo de atribuição da World Weather Attribution (WWA), rede global de cientistas do clima.

O tufão atingiu as Filipinas, Taiwan e a província de Hunan, na China, no final de julho, com inundações e deslizamentos de terra que destruíram casas, mataram pelo menos 100 pessoas e afetaram milhões, informam Reuters e Folha. Ventos que chegaram a 233 km/h afundaram dois grandes navios, e as fortes chuvas inundaram Manila, capital filipina, entre outras cidades.

A análise da WWA mostra que as velocidades dos ventos de Gaemi foram cerca de 14 km/h mais rápidas e suas chuvas até 14% mais intensas, por causa das mudanças climáticas, detalha o Guardian. Os pesquisadores ainda afirmaram que “a Ásia se tornará um lugar cada vez mais perigoso para se viver até que os combustíveis fósseis sejam substituídos”.

“O aquecimento impulsionado pelos combustíveis fósseis está inaugurando uma nova era de tufões maiores e mais mortais. A dura verdade é que veremos mais tempestades devastadoras como o Gaemi à medida que o clima esquenta”, reforçou Ben Clarke, do Imperial College London e membro da equipe do WWA.

Em tempo: Um outro tufão, o Shanshan, que atingiu o sul do Japão no fim da semana passada com fortes chuvas e ventos intensos, provavelmente foi intensificado pelas mudanças climáticas, de acordo com um estudo do Imperial College London destacado pela Bloomberg. O estudo de atribuição verificou que as velocidades máximas dos ventos do tufão se tornaram 7,5% mais intensas em um mundo mais quente.

Fonte: ClimaInfo

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