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AQUECIMENTO GLOBAL

Tubarões evoluíram após aquecimento dos oceanos; entenda

Há 100 milhões de anos, aumento de temperatura dos mares e redução do oxigênio podem ter enviado animais para mais perto da superfície, onde tornar-se-iam mais ferozes

11 de julho de 2024
The New York Times
6 min. de leitura
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Foto: Diego Delso | Wikimedia Commons

Parece algo saído de um roteiro de filme de Hollywood, mas realmente aconteceu: pesquisadores da evolução dos tubarões dizem que o aumento da temperatura dos oceanos, há mais de 100 milhões de anos, pode ter feito com que os tubarões crescessem mais, nadassem mais rápido e se tornassem os predadores poderosos que conhecemos hoje. Em um artigo publicado no mês passado no periódico Current Biology, cientistas relataram que mediram os tamanhos das nadadeiras e os comprimentos do corpo de 500 tubarões extintos e vivos e compararam essas informações com dados da árvore genealógica evolutiva dos tubarões.

Os resultados indicam que, quando o oceano ficou muito quente, aproximadamente 122 milhões de anos atrás, durante o período Cretáceo, alguns tubarões abandonaram seu habitat no fundo do mar e se mudaram para o oceano aberto. Essa ascensão pode ter alterado a estrutura de suas nadadeiras e corpos, o que levou a mudanças em seu tamanho e capacidade de nadar.

É um equívoco pensar que todos os tubarões são como as feras sanguinárias, poderosas e aerodinâmicas de “Tubarão” (filme) que nadam perto da superfície do oceano (ou em tornados e ruas da cidade, se você assistiu a “Sharknado”). A maioria dos tubarões sempre foi bentônica, o que significa que eles se alimentam de matérias presentes no fundo do oceano. Ao contrário de seus parentes pelágicos — ou de águas abertas —, os tubarões bentônicos não precisam nadar constantemente para respirar. Eles podem descansar no fundo do mar.

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