(da Redação)
A 960 quilômetros na costa do Equador, o Arquipélago de Galápagos é conhecido no mundo por sua inigualável flora e fauna. Em 1959, 97% da área de terra das ilhas – cerca de 800 mil hectares – foi declarada Parque Nacional pelo Governo do Equador. Vinte anos depois, foi declarado pela Unesco (Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas) Herança Mundial Natural em reconhecimento de seu valor universal.
Mas muitas espécies estão seriamente ameaçadas no arquipélago. Uma delas é a dos tubarões. Desde o ínício do ano, o Parque Nacional Galápagos (PNG) confiscou mais de 5 mil barbatanas.
A pesca de tubarões é ilegal em Galápagos, mas isso não impede que eles sejam capturados durante a noite. Suas barbatanas são vendidas por altos preços no mercado asiático, onde são preparadas como sopa.
Organizações de proteção afirmam que a diminuição da população de tubarões pode desestabilizar o delicado equilíbrio no arquipélago, localizado a 1.000 quilômetros do continente sul-americano.
Estima-se que 100 milhões de tubarões são capturados todos os anos no mundo, na maioria dos casos, apenas por suas barbatanas.
Galápagos têm poucos navios patrulheiros para impedir que pescadores e do próprio Equador entrem na reserva marinha e matem os tubarões.
História de extinções
Por 100 anos, começando no final do séc.18, os baleeiros usaram as ilhas como base e campo de caça, complementando a carnificina cetácea por servirem-se das peles das focas locais para ganhar mais dinheiro e das tartarugas para comerem.
Por volta de 1900, as focas de Galápagos estavam quase extintas e os cascos das gigantes tartarugas assassinadas espalhados pelas praias. A primeira lei de proteção da fauna de Galápagos foi aprovada em 1934, mas as iguanas da ilha de Baltra não sobreviveram à construção de uma base aérea norte-americana durante a Segunda Guerra Mundial. No início dos anos 70, frotas pesqueiras japonesas foram servir-se de tartarugas marinhas, depredando o ambiente rotineiramente com redes de arrastão.